Esta empresa pode subir 19% e distribuir R$ 1,2 bilhão em dividendos, segundo Santander

O Santander elevou o preço-alvo das ações da Direcional (DIRR3) de R$ 16,70 para R$ 19 e reiterou a recomendação outperform para os papéis, equivalente à compra.
O novo valor representa um potencial de valorização de 19% em relação à cotação atual de R$ 16. Acompanhe em tempo real.
Em relatório, o banco destaca que a combinação de crescimento, margens elevadas e dividendos robustos mantém a Direcional como uma das construtoras mais atrativas do segmento de baixa renda.
Após a divulgação da prévia do terceiro trimestre (3T25), o Santander elevou as estimativas de lançamentos da empresa em 4%, em média, refletindo o pipeline robusto de projetos aprovados e o impacto positivo da Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
A instituição afirma também que a velocidade de vendas (VSO) permanece resiliente em mercados-chave, com São Paulo, liderando o avanço da companhia.
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Isenção do IR
O relatório aponta que, em reunião com o CEO Ricardo Gontijo, foi destacada a forte demanda no MCMV, com vendas recordes em setembro e expectativa de um 4T25 sólido, apoiado por lançamentos mais expressivos.
Além disso, o executivo acredita que a nova isenção do imposto de renda para pessoas com renda de até R$ 5 mil por mês e os possíveis ajustes no programa habitacional do governo devem aumentar a acessibilidade e sustentar a demanda do setor.
Vale lembrar que o projeto que trata da isenção do IR foi aprovado de forma unânime na Câmara dos Deputados no início de outubro e agora é analisado pelo Senado.
Dividendos à vista
Em meio às boas perspectivas, o Santander também revisou para cima as projeções de dividendos da Direcional, estimando até R$ 1,2 bilhão em 2025, dos quais R$ 346 milhões já foram anunciados, e cerca de R$ 580 milhões em 2026.
“Aumentamos nossas estimativas de proventos para refletir a potencial aprovação da reforma do imposto de renda pelo Senado, o que poderia levar a empresa a antecipar parte dos rendimentos do ano que vem”, diz o relatório.
Pontos de atenção
Entre os principais riscos para a tese de investimento, o banco aponta uma alta inesperada nos custos de construção e de mão de obra – hoje controlados.
A casa também cita o aumento das taxas de financiamento imobiliário em caso de deterioração fiscal, o que poderia reduzir a acessibilidade de clientes financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Além disso, entre os desafios para uma nova rodada de crescimento da Direcional, o relatório menciona a necessidade de atrair novos corretores, expandir o número de canteiros de obras sob gestão e ampliar o banco de terrenos para futuros empreendimentos.