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Está na hora de comprar a ação da CCR, avalia Planner

19 ago 2020, 13:57 - atualizado em 19 ago 2020, 13:57
CCR
pesar do grande impacto causado pela pandemia de covid-19 na mobilidade urbana, a Planner destacou que o tráfego nas rodovias tem mostrado melhorias significativas (Imagem: YouTube/Grupo CCR)

A Planner alterou a recomendação de venda da CCR (CCRO3) e passou a indicar a compra da ação, com novo preço-alvo de R$ 17,50. Apesar do grande impacto causado pela pandemia de covid-19 na mobilidade urbana, a corretora destacou que o tráfego nas rodovias tem mostrado melhorias significativas, o que explica em parte a visão otimista dos analistas sobre o futuro da empresa.

Outro ponto positivo levantado pela Planner é o reequilíbrio econômico dos contratos de concessões sob administração da companhia:

“As perdas derivadas da crise atual serão objeto de pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro aos poderes concedentes das concessões rodoviárias. Além deste pedido, as concessionárias da CCR que têm negócios no estado de São Paulo (AutoBan, ViaOeste, Renovias e SPVias) estão discutindo vários pedidos de reequilíbrio de contrato, que podem resultar em extensão dos prazos das concessões”, comentou Luiz Francisco Caetano, autor do relatório divulgado nesta quarta-feira (19).

A CCR está perto de vencer duas concessões importantes: a RodoNorte e a NovaDutra. Sobre a segunda, a Planner mencionou a intenção do governo de prorrogar a concessão por falta de tempo hábil, mas a corretora não encarou isso com preocupação.

“A lei permite ao governo prorrogar em até dois anos o contrato, mas é provável que não seja necessária uma extensão tão grande do prazo”, disse Caetano. “A empresa tem várias discussões com o Poder Concedente para reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, que pode resultar tanto em pagamento quanto na extensão do prazo da concessão”.

Dados semanais do tráfego

O movimento nas rodovias administradas pela CCR, considerando a ViaSul, apresentou queda de 0,6% na semana de 7 a 13 de agosto de 2020 ante o mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, o tráfego recua 6,3%, pressionado pelos veículos de passeio (-20,4%).

O movimento nos aeroportos registrou queda de 85% entre os dias 7 e 13 de agosto e acumula um percentual negativo de 58,4% no ano.

Resultados

No segundo trimestre do ano, a CCR registrou prejuízo de R$ 164,7 milhões e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 819,4 milhões, queda anual de 39,7%.

O tráfego recuou 22,1% no período, enquanto a mobilidade urbana apresentou uma queda de 73,6%, com aeroportos sofrendo mais (-95%).

Apesar do menor desempenho, os números da companhia vieram acima do esperado pelos analistas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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