Boi

Estados Unidos empurram com a barriga a negativa de comprar carne bovina

06 nov 2019, 16:05 - atualizado em 06 nov 2019, 17:09
Carne bovina brasileira continua fora das gôndolas dos supermercados dos Estados Unidos (Imagem: Pixabay)

O pedido de informações adicionais sobre a carne bovina feito pelos Estados Unidos equivale a um “não”. O país não tem interesse em voltar a comprar carne in natura brasileira e a reação ao pleito do governo brasileiro, que pediu agilidade na liberação das importações, foi empurrar com a barriga.

É sabido que em negociações internacionais de comércio, pedido de novas informações é uma maneira de não se indispor diplomaticamente e jogar a pauta para o terreno técnico. E olhe que o pedido dos Estados Unidos de mais esclarecimentos ignora a ida da ministra Tereza Cristina ao país ainda este mês.

Por sorte, em 2020 poderá entrar na pauta de interesse dos americanos, cuja pressão contrária do lobby do boi é forte para cima de Washington.

A mesma boa vontade que o presidente Jair Bolsonaro teve em aumentar a cota de importações de etanol americano, para 750 milhões de litros/ano, contra a 650 milhões que venceram em setembro, livre de impostos, não teve a correspondência que se esperava diante de alinhamentos políticos em questões globais.

As autoridades americanas já haviam feito inspeções e todas as informações foram atendidas, de modo que até o governo se surpreendeu com a recusa do governo de Donald Trump.

Money Times já havia alertado aqui sobre a dificuldade que o Brasil terá em ver liberadas as exportações, bloqueadas em 2017 após um breve período de abertura.

Mais ainda que a proibição dos Estados Unidos se deu sobre uma base frágil de argumento. À época, foram constatados abcessos em animais vacinados.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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