Estes brinquedos custam quase o mesmo valor de um smartphone da Samsung; veja quais
Numa visita ao shopping, pais, tios e colecionadores podem se deparar com etiquetas de preço quase idênticas em lugares bastante distintos. De um lado, a Barbie Dreamhouse, a casa de bonecas mais completa da Mattel, aparece com preços de R$ 1.300 a R$ 1.400. Do outro, um Samsung Galaxy A56, que pode ser encontrado por R$ 1.700 no varejo brasileiro.
A comparação já não é exagero retórico; é realidade de prateleira. E a Dreamhouse é apenas o início da história.
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Os grandes kits da linha Lego Star Wars facilmente escalam para a faixa de R$ 800 a R$ 2.500, dependendo da complexidade, do número de peças e da edição.
Na prática, isso os coloca na mesma faixa de smartphones como o Samsung Galaxy A55, dependendo da versão.
Veículos elétricos infantis: a garagem que vale um smartphone

Carros e motos elétricas para crianças, hoje bastante populares, podem custar entre R$ 1.100 e R$ 1.600.
O valor é bem próximo de um Samsung Galaxy A35, que está na casa dos R$ 1.200.
Bonecos colecionáveis premium

Action figures articuladas e licenciadas de universos como King Kong, Marvel ou Star Wars rompem frequentemente o patamar de R$ 1.000.
Esse é, em média, o valor de um Samsung Galaxy M54, que gira entre R$ 1.000 e R$ 1.200.
Por que os brinquedos estão tão caros?
A escalada dos preços não é mero capricho de mercado. Ela reflete uma combinação de fenômenos econômicos, culturais e industriais.
1. Licenciamento internacional custa caro
Marcas globais como Barbie, Star Wars, One Piece e Gabby’s Dollhouse cobram royalties elevados.
Quanto mais forte for a franquia, maior o impacto no preço final.
2. Cadeia de importação pressionada
A volatilidade cambial, os altos custos de frete internacional e a tributação pesada tornam o Brasil um terreno especialmente desafiador para brinquedos importados.
3. O mercado colecionável virou um gigante
Os brinquedos premium são, na prática, produtos de hobby. Este público aceita pagar mais por edições limitadas, peças numeradas e modelos altamente detalhados.
4. A experiência vale mais que o objeto
O apelo não está apenas no plástico. Montar um Lego complexo, exibir uma action figure rara ou ver a criança pilotar um mini-carro elétrico envolve narrativa, interação, decoração e emoção.