Estupidamente barata? BBI reitera compra em small cap e vê salto de 167%

Em 2025, várias empresas renovaram máximas, enquanto alguns papéis ficaram pelo caminho. Esse parece ser o caso da JSL (JSLG3), que sobe apenas 6,67% no ano, a R$ 5,60, mas que pode saltar 167% em 2026, segundo cálculos do Bradesco BBI.
A corretora reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00. Os analistas veem uma tese consistente para a empresa, combinando crescimento orgânico e inorgânico, expansão de margens e geração robusta de caixa.
Segundo o BBI, os resultados dos nove primeiros meses do ano reforçam essa visão:
- a receita cresceu 10% em relação ao mesmo período de 2024;
- o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 17% no comparativo anual;
- aumento de 1 ponto percentual na margem;
- a geração de caixa livre (FCF) alcançou R$ 218 milhões após juros e arrendamentos, equivalente a um retorno anualizado de 18%.
Nome do jogo da JSL: eficiência e crescimento
Na gestão da companhia, a mensagem é de ganho de eficiência com crescimento.
No terceiro trimestre, a companhia anunciou que reorganizou sua estrutura em três unidades estratégicas: JSL Serviços Dedicados, Intralog e JSL Digital.
A JSL Serviços Dedicados, que representa 75% da receita líquida da companhia, abrange as operações de transporte especializado.
Já a Intralog vai se concentrar na oferta de serviços de armazenagem e intralogistíca, enquanto a JSL Digital atuará por meio de uma plataforma digital promovendo integração entre cargas e motoristas autônomos.
O novo CEO da JSL, Guilherme Sampaio, e o diretor de RI, Eduardo Nauc, afirmam que a empresa projeta manter o ritmo de expansão de receitas em torno de 15% ao ano, com maior foco em Intralog e JSL Digital, com reforço comercial e iniciativas de eficiência, como o programa Escala JSL.
Além disso, a companhia segue avançando na estratégia asset-light, aumentando a proporção de ativos alugados e mitigando riscos de gestão de valor residual.
“Acreditamos que a nova estrutura organizacional e o foco em eficiência operacional posicionam a companhia para capturar oportunidades relevantes, com expectativa de avanço do RoIC (retorno sobre o capital investido) e redução da alavancagem nos próximos trimestres”, completa o BBI.