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Etanol: como no boi, mesmo com consumo fraco preço sobe na origem por oferta baixa

18 abr 2021, 11:03 - atualizado em 18 abr 2021, 11:03
Cana de Açúcar
Safra de cana ainda não despejou volume alto de etanol no mercado e influi nas altas na usina (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Está ocorrendo com o etanol hidratado o mesmo que se verifica há semanas na pecuária de corte. Não há consumo em escala que justifique as altas, mas a falta de produto é acentuada a ponto de forçar reajustes nas pontas iniciais das cadeias mesmo para a demanda básica.

Na semana de 12 a 16, o biocombustível teve uma forte recomposição, de acordo com o Cepea, de 8,90% nas usinas, e começará os negócios nesta segunda (19) a R$ 2,5852 o litro, livres. Nas duas anteriores as altas foram de 2,50% e 0,39%.

A safra do Centro-Sul começou lenta com a estiagem antecipada e as indústrias também segurando a produção à espera de uma definição mais clara do mercado, tanto de parte do consumo quanto do cenário do petróleo e seu impacto na gasolina.

A situação de menor oferta encontrou a cadeia posterior desabastecida, contando, igualmente, com a manutenção de competitividade do etanol sobre a gasolina, que, inclusive, foi reajustado nas refinarias em 1,9% pela Petrobras (PETR4).

O relaxamento do grau de restrições impostas no combate à pandemia deve oxigenar um pouco mais o consumo.

À semelhança ainda com o boi é que a oferta deverá paulatinamente. Do animal, porque o volume da safra de verão vai começar a chegar. Do etanol, porque a safra de cana, iniciada oficialmente em 1º de abril no Centro-Sul, vai ganhando ritmo.

Mesmo que nos dois exemplos os volumes possam ser menores que tradicionalmente. O rebanho bovino está cada vez menor, e, o caso da sucroenergia, pode haver mais destinação da cana ao açúcar se o etanol não compensar.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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