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Etanol: mercado vê chumbo grosso na semana por prêmio de estoque baixo sobre demanda boa

12 fev 2021, 11:26 - atualizado em 12 fev 2021, 11:37
BR Distribuidora
Repasse em cascata dos combustíveis favorece mais o etanol (Imagem: Site da Empresa)

O preço do etanol hidratado nas distribuidoras tem subido todos os dias e avançou mais 3,67% ontem. A origem, portanto os fabricantes, puxa a alta. Nesta sexta (12), foi registrado negócios com o litro a R$ 2,92 bruto.

Entre esses dados observados pelo Cepea/Esalq, no Indicador Diário do Etanol, posto Paulínia, e pelo Grupo Triex, na base produtiva de Ribeirão Preto, o mercado aguarda forte reajuste no acumulado desta semana.

Na semana concluída em 5 de fevereiro, em oitava alta, o biocombustível foi vendido pelas usinas à média R$ 2,1321 (+0,23%), descontado frete e impostos.

“Os estoques estão curtos, então a regulação da oferta é via preços”, diz Paulo Strini, trader do Triex.

O “prêmio” sobre a oferta mais curta, com a entressafra no Centro-Sul, é aceito pelas distribuidoras com o ganho de competitividade alçado pelo hidratado. O CEO da SCA Trading, Martinho Ono, já vê a diferença de preço voltando aos 70% atingida na bomba na comparação com o valor cobrado pela gasolina, “que subiu mais que o etanol”.

Ele chama a atenção para o relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que reportou alta nas vendas de etanol na segunda quinzena de janeiro, a primeira da safra, 20/21.

E ainda não havia sido dado pela Petrobras (PETR3; PETR4) o terceiro aumento do ano sobre a gasolina.

Agora, com três reajustes de janeiro a fevereiro do combustível de petróleo, a diferença fica mais positiva para a cadeia sucroenergetica, embora haja uma margem de repasse represada sobre a gasolina, acredita Strini.

Martinho Ono e o executivo do Grupo Triex veem o cenário se mantendo assim até março, antes de começar a nova temporada produtiva do setor, ao se observar, ainda, que o petróleo mantém o viés altista regular. E assegura o gatilho para a estatal reforçar valores na refinaria.

Neste último dia útil da semana, às 11h28, (Brasília), está acima de US$ 61,17/barril em Londres.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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