Etanol: redução surpresa da gasolina ofusca qualquer tentativa de ‘sede ao pote’ das usinas pós-impostos

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O etanol hidratado vai precisar contar com aumentos comedidos da cadeia para não deixar escapar a volta da competitividade.

Além do retorno dos impostos federais sobre os combustíveis a partir de quarta, com impacto de R$ 0,24 por litro de bicombustível, usinas e distribuidoras poderiam ficar tentadas a subir mais suas ofertas especulando com o maior prejuízo que as taxas levarão à gasolina.

Porém, a Petrobras (PETR4) tratou logo de aparar os preços da gasolina (e do diesel) nas distribuidoras, a partir do dia 1º, de modo que do cálculo final da bomba os R$ 0,69 que o litro subirá com o PIS/Cofins e Cide, será descontado os R$ 0,13% de redução decidida há pouco, já que a redução foi de 3,9% para as distribuidoras.

À medida que estuda uma forma de evitar repasses internacionais automáticos, a estatal buscou rápido uma equação que mitigue o peso inflacionário, alvo do fogo amigo do PT e foco de críticas da oposição desde ontem, quando o governo anunciou o fim da isenção do PIS/Cofins e Cide.

E na esteira do movimento contrário do governador paulista Tarcísio de Freitas, que reduziu o ICMS para vários setores industriais.

Numa conta simples, não contando questões regionais como logística e consumo, o aumento da gasolina será de R$ 0,56%, descontando, portanto, a limada que a petroleira deu à gasolina.