ETFs ativos somam US$ 200 bilhões com semana recorde da Ark

Quem ainda acredita que fundos de índice são sinônimo de investimento passivo acaba de receber um alerta de US$ 200 bilhões.

É a quantia administrada por ETFs ativos atualmente, após terem levantado US$ 17,5 bilhões desde janeiro, o que dobra o valor total dos ativos em relação há um ano, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Embora esses produtos ainda representem apenas 3,5% do setor de US$ 5,7 trilhões, o crescimento é contínuo, com entradas atingindo um recorde de mais de US$ 55 bilhões em 2020.

Fundos administrados ativamente agora são vistos como a próxima fronteira de investimento, e os ETFs já não se limitam ao rastreamento de índices de baixo custo e gestores de ações talentosos que entregam grandes retornos.

Cathie Wood, CEO da Ark Investment Management, cujos ativos dispararam de US$ 3,6 bilhões há um ano para cerca de US$ 50 bilhões, tem sido a garota-propaganda desses produtos.

Cinco dos sete fundos de Wood são administrados ativamente: o carro-chefe Ark Innovation ETF (ARKK) recebeu US$ 4,2 bilhões neste ano e registrou outra semana recorde de entradas.

“Definitivamente estão em trajetória de crescimento, constantemente ganhando participação”, disse David Perlman, estrategista de ETF da UBS Global Wealth Management, em referência aos fundos ativos.

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Somando-se ao interesse em ETFs administrados ativamente estão os novos fundos não transparentes – que não revelam as aplicações dos gestores para evitar a compra de ativos com base em informações não divulgadas – e que foram lançados por empresas como American Century e T. Rowe Price Group. A categoria pode chegar a US$ 3 bilhões em ativos até o final do ano, de acordo com a Bloomberg Intelligence.

“Não acho que veremos o crescimento que vimos nos ETFs ativos se dissipar”, disse Ryan Sullivan, vice-presidente sênior de serviços globais de ETF da Brown Brothers Harriman. “Essa popularidade e o interesse dos investidores em ETFs ativos serão provavelmente o aspecto mais importante a ser observado em 2021.”