Política

EUA abrem investigação comercial contra o Brasil e Trump diz que luta com a China é “de forma muito amigável”

16 jul 2025, 6:04 - atualizado em 16 jul 2025, 6:20
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Trump diz que impôs tarifas ao Brasil "porque pode" e que ganha com taxas e mais empregos (Reuters/Brandon Bell)

O governo Trump iniciou oficialmente nesta terça-feira uma investigação sobre práticas comerciais “injustas” do Brasil, no mesmo dia em que o próprio presidente Donald Trump afirmou que a luta dos Estados Unidos com a China está sendo feita “de uma forma muito amigável”.

A investigação aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA, comandado por Jamieson Greer, atende a uma solicitação feita por Trump na semana passada, no mesmo momento em que uma tarifa de 50% para exportações do Brasil a partir de 1º de agosto foi anunciada, sob a alegação de uma “caça as bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Determinei que as barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil merecem uma investigação completa e, potencialmente, uma ação de resposta,” disse o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, em um comunicado.

A investigação, conduzida sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, analisará as práticas e políticas do Brasil “relacionadas ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico; tarifas injustas e preferenciais; interferência em questões anticorrupção; proteção da propriedade intelectual; acesso ao mercado de etanol; e desmatamento ilegal”, segundo ficha técnica.

Neste terça-feira, Trump afirmou em entrevista coletiva que aplicou a taxa de 50% ao Brasil “porque pode” e que os EUA ganhariam mais dinheiro com as taxas e com mais produção e empregos da produção local.

“Eu estou fazendo porque posso fazer, ninguém mais conseguiria fazer. Temos tarifas em vigor porque queremos tarifas e queremos o dinheiro (das taxas) vindo para os EUA”, disse o republicano.

“Mas há dois aspectos sobre tarifas: o dinheiro que entra e, o outro aspecto, em vez de pagar tarifas, o país ou a empresa vão produzir nos EUA e isso cria empregos”, acrescentou.

Na mesma entrevista, Trump afirmou não ser amigo de Bolsonaro, mas o considera um “homem bom”.

“Olha, ele não é como um amigo meu. Ele é alguém que eu conheço, e eu o conheço como um representante de milhões de pessoas, brasileiros. Eles são ótimas pessoas, e ele ama o país, e ele lutou muito por essas pessoas, e eles querem colocá-lo na prisão”, disse.

China e Indonésia

Donald Trump disse que os Estados Unidos estariam lutando contra a China “de uma forma muito amigável”. O país asiático seria o principal alvo da guerra comercial iniciado pelo republicano, com imposição de tarifas que chegaram a cerca de 150%, mas foram reduzidas de acordo com retaliações chinesas e tréguas por negociações.

Nesta terça-feira, Trump anunciou também um acordo comercial com a Indonésia, com tarifa de 19%, ante os 32% ameaçados anteriormente. O acordo inclui o aumento das compras indonésias de aviões, energia e produtos agrícolas dos EUA, para ajudar a compensar o déficit comercial de quase US$ 18 bilhões em favor de Jacarta.

Com informações Reuters

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br
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