Federal Reserve

EUA: Inflação vem o dobro do esperado e alta de 0,75 pp é inevitável

13 out 2022, 10:17 - atualizado em 13 out 2022, 10:18
Federal Reserve
A projeção dos economistas era de uma alta de 0,2% em setembro e, com isso, a inflação acumulada nos últimos doze meses deveria atingir a marca de 8,1% (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

A inflação americana veio como um balde de água fria para o mercado nesta quinta-feira. O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) veio o dobro do esperado.

A projeção dos economistas era de uma alta de 0,2% em setembro e, com isso, a inflação acumulada nos últimos doze meses deveria atingir a marca de 8,1% – desacelerando da alta de 8,3% registrada no mês anterior.

No entanto, os números foram maiores: alta de 0,4% no mês e de 8,2% na base anual.

Para piorar, o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também veio acima do esperado.

“Se esperava uma desaceleração de 0,6% para 0,4%, mas veio em 0,6% repetindo o valor do mês anterior. A variação anual está em 6,6%, uma aceleração em relação ao mês anterior quando havia sido 6,3%”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Necton.

Alta nos juros

Os dados apontam que a inflação está persistente. Ou seja, o Federal Reserve precisará ser mais rigoroso em sua política econômica.

O banco central americano deve elevar a taxa de juros nos Estados Unidos em mais 0,75 ponto percentual em novembro. As apostas para um novo aumento nesta dose está em 97,8% no mês que vem.

Se confirmada, será a quarta vez seguida que o Fed manterá o ritmo de aperto monetário nessa magnitude. Além disso, será a sexta vez neste ano que haverá aumento na taxa de juros nos EUA.

Segundo o CME Group, os outros 2,2% indicam a possibilidade de um aumento maior, de 1 pp – apagando as apostas de um reajuste menor, de 0,50 pp.

“A surpresa reforça a perspectiva de que o Fed elevará os juros para além deste ano. Reiteramos que nossa projeção para a Fed Funds Rate é de 4,50%-4,75%, com elevações até a reunião da virada de janeiro para fevereiro de 2023”, aponta Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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