Internacional

EUA podem começar a comprar petróleo para reserva estratégica em 2 semanas

16 mar 2020, 13:11 - atualizado em 16 mar 2020, 13:11
petróleo
O presidente Donald Trump afirmou na noite de sexta-feira que ordenou ao Departamento de Energia que encha as reservas até o limite de sua capacidade (Imagem: REUTERS/Nick Oxford)

Os Estados Unidos podem começar a comprar petróleo produzido localmente para sua Reserva Estratégica de Petróleo em duas semanas, aproveitando para encher os estoques em meses, disse uma fonte do Departamento de Energia nesta segunda-feira.

O presidente Donald Trump afirmou na noite de sexta-feira que ordenou ao Departamento de Energia que encha as reservas até o limite de sua capacidade. O movimento visa ajudar produtores domésticos que têm sofrido com a queda dos preços do petróleo devido à disseminação do coronavírus e a guerra de preços entre sauditas e russos pelo mercado da commodity.

O Departamento de Energia disse que a reserva, que tem capacidade para 713 milhões de barris, pode receber um adicional de 77 milhões de barris de petróleo.

Ainda não é claro como o governo financiaria essas compras. O custo de 77 milhões de barris aos preços desta segunda-feira para o petróleo norte-americano (WTI), de menos de 30 dólares por barril, seria de cerca de 2,3 bilhões de dólares.

O Congresso provavelmente teria que aprovar um projeto para financiar as compras, mas não se sabe quando dinheiro poderia ser viabilizado com tal legislação. Alguns parlamentares da Câmara de Representantes dos EUA, controlada pelos Democratas, poderiam buscar medidas para promover energia limpa como compensação.

Ainda assim, a fonte disse estar confiante de que as coisas possam acontecer rapidamente. “Com base nas discussões com o setor, estamos confiantes de que elas (as reservas) possam ser preenchidas em meses”, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

Trump, que concorrerá à reeleição em novembro, está dividido sobre o impacto dos preços baixos do petróleo.

Na última semana, ele disse no Twitter que a queda dos preços seria “boa para o consumidor”, ao reduzir custos da gasolina. Mas a derrocada das cotações também pode pressionar muitos produtores domésticos e levá-los à falência.

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