BusinessTimes

Euforia com vacina e eleição de Biden fazem Ibovespa flertar com 105 mil pontos

09 nov 2020, 12:03 - atualizado em 09 nov 2020, 12:03
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
Às 11:24, o Ibovespa subia 3,24%, a 104.194,78 pontos (Imagem: Linkedin/B3)

O Ibovespa chegou a disparar mais de 4% nesta segunda-feira, superando momentaneamente os 105 mil pontos, em meio a noticiário favorável sobre vacina contra o Covid-19 e um desfecho da eleição presidencial norte-americana, com vitória do democrata Joe Biden.

Às 11:24, o Ibovespa subia 3,24%, a 104.194,78 pontos. No melhor momento, atingiu 105.146,56 pontos, máxima intradia desde o final de julho. O giro financeiro na bolsa somava 13,7 bilhões de reais

A Pfizer disse nesta segunda-feira que a vacina experimental contra Covid-19 que está desenvolvendo com a BioNTech mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença com base em dados iniciais de um estudo amplo.

Na visão do gestor Werner Roger, sócio na Trígono Capital, os mercados já refletiam um humor positivo com a vitória de Biden por uma diferença que dá pouca margem a contestação, mas o anúncio da vacina “foi o grande gatilho dessa reação toda”.

“E aí é o efeito manada…(A bolsa está subindo e) todo mundo embarca no mesmo barco. E o efeito manada acaba sendo um catalisador da alta”, acrescentou.

No sábado, Biden venceu a eleição para a presidência dos EUA, após uma dura campanha eleitoral e prometeu que trabalhará para unificar um país profundamente dividido, mesmo com Donald Trump se recusando a aceitar a derrota.

A combinação da vitória do democrata com a aposta de um Senado de maioria republicana agrada agentes financeiros, uma vez que reduz a chance de mudanças expressivas de políticas econômicas nos EUA, principalmente em relação à tributação de grandes empresas norte-americanas.

“Com isso, a incerteza em torno da eleição se dissipou e os investidores recuperaram o apetite pelo risco”, afirmou o analista de mercados Milan Cutkovic, da Axi.

No Brasil, a temporada de resultados nesta segunda-feira traz os balanços de Magazine Luiza, BRF e Yduqs, entre outros, após o fechamento do mercado.

Mais cedo, pesquisa Focus do Banco Central apurou aumento nas expectativas de inflação para 3,2% em 2020 e para 3,17% em 2021. Em paralelo, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, passou a ver Selic a 2,25% em 2021.

Destaques

Petrobras (PETR3PETR4) disparava 10,18%, na esteira do salto dos preços do petróleo no exterior, também repercutindo noticiário sobre vacina. O contrato do Brent mostrava elevação de 9,2%, a 43,07 dólares o barril.

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4avançavam 15,1% 10,49%, respectivamente, com os setores mais sensíveis aos efeitos da pandemia entre as maiores altas do Ibovespa. CVC BRASIL ON valorizava-se 11,86%.

Renner (LREN3) tinha alta de 11,41%, também reagindo ao otimismo sobre uma vacina contra o coronavírus, conforme resultados recentes da varejista de moda refletiram o efeito nocivo da pandemia em suas operações.

Mutiplan (MULT3) e BR Malls (BRML3)subiam 8,79% e 10,28%, respectivamente, acompanhando a euforia em torno do anúncio da Pfizer. IGUATEMI ON ganhava 8,74%.

Itaú Unibanco (ITUB4) valorizava-se 7,2%, fortalecendo a alta do Ibovespa, com o setor de bancos como um todo no azul. Bradesco (BBDC4) mostrava acréscimo de 6,25%.

Vale (VALE3) avançava 1,04%, em sessão mista para o setor de mineração e siderurgia. Usiminas (USIM5) mostrava estabilidade, mas CSN (CSNA3) subia 2,5% e Gerdau (GGBR4) tinha declínio de 0,09%.

Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) perdiam 3,27% e 2,53%, respectivamente, na esteira da queda de mais de 2% do dólar em relação ao real, com a moeda sendo negociada na faixa de 2,26 reais.

Magazine Luiza (MGLU3) caía 1,13% antes do balanço trimestral previsto para o final da segunda-feira, seguida pela rival B2W ON, que recuava 1,69%, enquanto Via Varejo (VVAR3) tinha alta de 1,04%.

– ENJOEI ON, que não está no Ibovespa, caía 6,34%, a 9,60 reais, em sua estreia na B3 após precificar IPO na semana passada a 10,25 reais por ação, no piso da faixa estimada pelos coordenadores.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar