Bolsas da Europa recuam com inflação e balanços; Stoxx 600 tem 4ª alta mensal consecutiva
Os índices europeus terminaram a sessão desta sexta-feira (31) fecharam em queda com os investidores reagindo à inflação da Zona do Europa e balanços corporativos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou com queda de 0,51%, aos 571,89 pontos, após três sessões consecutivos de ganhos.
Apesar do recuo, o índice encerrou o mês em alta — sendo a quarta valorização mensal consecutiva e o melhor desde maio.
Entre os principais índices, o CAC 40, de Paris, teve recuo de 0,44%, aos 8.121,07 pontos; o DAX, de Frankfurt, terminou a sessão com baixa de 0,67%, aos 23.958,30 pontos; o FTSE 100, de Londres, fechou com baixa de 0,44%, aos 9.717,25 pontos.
O que mexeu com a Europa hoje?
Em meio a temporada de balanços corporativos, os investidores dividiram as atenções com novos dados econômicos.
A inflação da Zona do Euro desacelerou em outubro e continuou a oscilar perto da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE), confirmando a mensagem do BC de que a economia permanece na trajetória relativamente benigna que havia sido projetada anteriormente.
A inflação anual nos 20 países que compartilham o euro desacelerou para 2,1% em outubro, de 2,2% em setembro, em linha com as previsões dos economistas em uma pesquisa da Reuters, mostraram os dados da Eurostat, agência de estatísticas, nesta sexta-feira (31).
A agência informou que o aumento mais rápido dos preços de serviços foi compensado pelos custos mais baixos de energia.
O núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, manteve-se em 2,4%, desafiando as expectativas de uma desaceleração, já que a inflação de serviços aumentou de 3,2% para 3,4%, compensando uma queda na inflação de produtos industriais.
Também hoje (31), uma pesquisa do BC mostrou a inflação permanecerá próximo da meta. A Pesquisa de Analistas Profissionais do BCE, um dos principais insumos para as deliberações de política econômica, prevê que a inflação diminuirá para 1,8% no próximo ano e depois voltará para 2,0% em 2027, em linha com a projeção da pesquisa anterior, de três meses atrás, e 0,1% acima das estimativas do próprio BCE.
Ontem (30), o BCE manteve os juros inalterados em 2% ao ano pela terceira reunião consecutiva, sem qualquer indicação sobre os movimentos futuros.
No cenário corporativo, as ações de bancos foram o único ponto positivo. O Erste Group Bank saltou 5,5% depois de elevar sua perspectiva anual após resultados do terceiro trimestre (3T25), enquanto o Danske Bank subiu 3,1% depois que o maior banco da Dinamarca divulgou lucro líquido trimestral ligeiramente acima das expectativas.
*Com informações de CNBC e Reuters