Internacional

Europa lança ampla revisão econômica em novo plano climático

16 set 2020, 8:31 - atualizado em 16 set 2020, 8:31
Londres Reino Unido Europa Turismo
A energia ficará cada vez mais limpa, com 350 bilhões de euros adicionais por ano necessários para investimentos em produção e infraestrutura, de acordo com esboço do documento visto pela Bloomberg News (Imagem: Unsplash/@marimartin)

A presidente da comissão também anunciou que a UE planeja vender 225 bilhões de euros (US$ 267 bilhões) em títulos verdes como parte do fundo de recuperação da pandemia de 750 bilhões de euros. O volume será equivalente a quase todos os títulos verdes vendidos globalmente no ano passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Reconheço que esse aumento de 40% para 55% é demais para alguns e não o suficiente para outros”, disse von der Leyen ao Parlamento Europeu em Bruxelas, durante seu primeiro discurso sobre o estado da União. “Mas nossa avaliação de impacto mostra claramente que nossa economia e indústria podem administrar isso.”

Von der Leyen passou 10 meses em modo de gestão de crise como resultado da pandemia de coronavírus, enquanto seguia em frente com planos para a reforma verde da economia europeia, uma iniciativa de investimento digital e maior livre comércio global.

Diante da pandemia, von der Leyen, de 61 anos, tem a chance de acelerar planos para tornar o Green Deal europeu o motor da recuperação econômica, à medida que governos mobilizam quantias sem precedentes de fundos públicos para o esforço de reconstrução.

Sob a nova meta climática para 2030, montadoras europeias precisariam adotar padrões de poluição mais rígidos com novas regras que poderiam eliminar completamente motores de combustão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A energia ficará cada vez mais limpa, com 350 bilhões de euros adicionais por ano necessários para investimentos em produção e infraestrutura, de acordo com esboço do documento visto pela Bloomberg News.

“A UE deu um bom passo na direção certa”, disse Simone Tagliapietra, pesquisadora do think-tank Bruegel, com sede em Bruxelas. “Uma meta de 55% enviará um sinal claro aos participantes do mercado sobre a solidez da trajetória climática da UE.

Isso é fundamental para moldar as expectativas e influenciar as decisões de investimento das empresas e as escolhas dos consumidores.”

Uma meta climática mais ambiciosa para 2030 deve receber amplo apoio dos estados membros e do Parlamento Europeu, cuja aprovação é necessária para que a medida se torne vinculante. No entanto, as negociações sobre a forma final de um acordo podem trazer muitas diferenças nacionais em termos de riqueza, fontes de energia e força industrial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O novo objetivo exigirá que edifícios se tornem mais eficientes em termos de energia e empresas terão limites de poluição mais rígidos no mercado de carbono da UE, o maior do mundo.

A proposta se soma à lei climática que será a base jurídica do Green Deal europeu, uma estratégia abrangente para a Europa zerar os gases de efeito estufa até 2050.

Compartilhar

bloomberg@moneytimes.com.br