Internacional

Europa: O passeio no fio da navalha da Aston Martin deve continuar

07 nov 2019, 11:58 - atualizado em 07 nov 2019, 11:59
Aston Martin
Aston Martin escolhida por James Bond ganhou um espaço valioso para respirar na quinta-feira  (Imagem: Facebook Aston Martin)

Por Geoffrey Smith/Investing.com

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A montadora escolhida por James Bond ganhou um espaço valioso para respirar na quinta-feira com um conjunto de resultados trimestrais que – (sugestão: música dramática) – mostraram que as coisas não estão piorando.

É verdade que a demanda pelo DB Vantage, o feijão e arroz da Aston Martin Lagonda (com preços que começam em míseros US$ 150.000) enfraqueceu, mas os números sugerem que os revendedores começaram a pelo menos começar a trabalhar com excesso de estoque acumulado no início do ano.

Eles ainda não estão solicitando tantos novos quanto o esperado – as vendas por atacado caíram 16% no ano – mas a demanda no varejo se manteve, com um aumento de 13% e um aumento encorajador na participação de mercado. Após uma perda no primeiro semestre, a empresa obteve um lucro operacional de 10,5 milhões de libras no terceiro trimestre.

Mas a mensagem principal dos ganhos de quinta-feira é sem dúvida a garantia de que a aposta do tipo “tudo ou nada” no novo SUV crossover DBX – construído do zero em uma nova fábrica no País de Gales com uma força de trabalho esmagadora – ainda está no caminho certo.

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A empresa disse que espera que o lançamento oficial do DBX ocorra em Pequim dentro de duas semanas. “A primeira versão experimental de produção foi concluída e a St Athan comissionou, com o início da produção previsto para o segundo trimestre de 2020, conforme planejado”, disse a empresa em sua atualização comercial. “Estamos muito satisfeitos com a vida recepção antecipada que o carro recebeu dos clientes e os pedidos iniciais estão sendo feitos nos eventos confidenciais.”

As ações subiam 8% em resposta na abertura, mas prontamente recuaram quando o mercado lembrou que a AML terá que mudar mais DBXs do que parece provável se quiser diminuir o que parece ser um fardo insustentável da dívida. Elas ainda caíam mais de 75% em relação ao preço do IPO no ano passado.

A empresa teve que pagar 12,5% para emitir US$ 150 milhões em dívida garantida sênior há dois meses, o equivalente a se colocar nas mãos dos agiotas de bairro. Os juros desses e de outros empréstimos consumirão mais do que os escassos lucros operacionais que a AML está gerando atualmente.

A empresa enfrentará um desafio com essa dívida em 2022, com 900 milhões de libras em crédito definidos para vencer.

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Ele precisa desesperadamente que a incerteza gerada pelo Brexit (as vendas da Aston ainda são muito pesadas no Reino Unido e na Europa) e a guerra comercial EUA-China se dissipe o mais rápido possível, para que possa refinanciar a taxas mais favoráveis ​​antes que chegue muito perto da beira do abismo.

A esse respeito, as notícias desta manhã da China dizendo que um acordo mútuo para reverter tarifas, ajudará a AML mais do que a maioria.

No entanto, até o DBX começar a gerar dinheiro sério, as emoções arrepiantes da Aston Martin serão compartilhadas por motoristas e acionistas.

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investing@moneytimes.com.br