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EVA Energia, do grupo Urca, inaugura 3ª usina a biogás e mira “pré-sal caipira”

16 maio 2022, 11:31 - atualizado em 16 maio 2022, 11:31
Gás
“No pipeline, temos mais três (projetos de biogás com) aterros sanitários, mais quatro de proteína animal e outros, da parte de vinhaça e etanol de milho”, afirmou o CEO da Eva Energia, Eduardo Lima, à Reuters (Imagem: Pixabay/stevep)

A EVA Energia, empresa de geração de energia renovável do grupo Urca, está inaugurando neste mês sua terceira usina movida a biogás, em Mauá (SP), e negocia parcerias para seu próximo ciclo de crescimento que deve envolver uma nova fronteira de fornecedores de insumos para a produção de gás, como companhias do agronegócio.

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“No pipeline, temos mais três (projetos de biogás com) aterros sanitários, mais quatro de proteína animal e outros, da parte de vinhaça e etanol de milho”, afirmou o CEO da Eva Energia, Eduardo Lima, à Reuters.

Ele destacou que a EVA enxerga amplo potencial no chamado “pré-sal caipira”, isto é, rejeitos do agronegócio que podem originar biogás para geração de energia elétrica ou para produção do biometano, um combustível renovável considerado substituto do gás natural.

A associação setorial Abiogás estima que o Brasil teria matérias-primas de resíduos da agroindústria e saneamento para atender plantas com cerca de 19 GW de capacidade instalada para a produção de energia elétrica, o que poderia ser feito com uma oferta de 120 milhões de metros cúbicos/dia de biometano.

A título de comparação, a gigante Itaipu Binacional tem capacidade de 14 GW, enquanto a produção atual de gás natural do Brasil, com a maior parte vindo do pré-sal, gira em torno de 134 milhões de metros cúbicos ao dia.

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Nova Unidade

A companhia está colocando em atividade nesta semana uma planta de 5 megawatts (MW) de potência em Mauá (SP), que utilizará biogás produzido no aterro sanitário Lara Central de Tratamento de Resíduos.

A unidade recebeu 11 milhões de reais em investimentos e tem praticamente toda sua energia vendida a empresas.

Além da usina paulista, o grupo tem usinas operacionais em Seropédica (RJ) e em Ipiranga do Norte (MT), que somam 8 MW de capacidade instalada e utilizam biogás de aterro sanitário e dejetos de suínos para gerar energia elétrica.

As três unidades operam na modalidade de geração distribuída e, ao todo, receberam 50 milhões de reais em investimentos.

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O próximo empreendimento da EVA já está em marcha e ficará em São Gonçalo (RJ), onde serão gerados mais 5 MW de potência a partir de biogás de aterro. A previsão é de entrada em operação no segundo semestre.

Em paralelo, a companhia está negociando parcerias para uma segunda fase de crescimento, que deve demandar mais 60 a 70 milhões de reais em aportes, disse Lima.

A EVA Energia começou a estruturar seus empreendimentos junto a aterros por ser a “maçã mais fácil de colher”, com fornecimento mais estável do biogás, mas agora mira novas fronteiras, afirmou o presidente.

Segundo ele, estão em negociação parcerias envolvendo insumo oriundo de rejeitos de óleo de palma e etanol de milho.

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“Em breve vamos apresentar esses projetos”, disse ele, evitando dar mais detalhes.

Neste ano, o biogás e o biometano ganharam atenção do governo, que lançou um plano para impulsionar a construção de novas unidades produtivas.

No fim de abril, a Raízen anunciou o início da construção de uma nova planta de biogás em Piracicaba (SP), com investimentos de cerca de 300 milhões de reais.

A unidade será a primeira do grupo dedicada à transformar o biogás em biometano, que será fornecido a clientes industriais.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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