Eve, subisidária da Embraer, obtém R$ 200 milhões do BNDES para avançar com programa eVTOL; entenda
A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer (EMBJ3), captou R$ 200 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme comunicado desta terça-feira (9).
A companhia, que atua no desenvolvimento de soluções para o mercado de Mobilidade Aérea Urbana, incluindo uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), irá destinar o valor para a fase de integração do sistema de propulsão elétrica e testes do protótipo de certificação.
O anúncio da captação ocorreu no mesmo dia do toque de campainha na B3, que marca a listagem da Eve na bolsa brasileira. A companhia já havia sido listada em agosto, mas a cerimônia aconteceu apenas nesta terça.
As BDRs da Eve, sob o ticker EVEB31, recuam na B3. Por volta de 15h10, o recuo era de 1,39%, a R$ 27,02.
Já as ações da Embraer lideram as altas do Ibovespa (IBOV) no pregão de hoje. Além do movimento da subsidiária, está no radar do mercado o anúncio dos dividendos e juros sobre o capital próprio pela fabricante.
Às 15h15, as ações EMBJ3 subiam 3,61%, negociadas a R$ 89,25.
Detalhes da linha de crédito
De acordo com o comunicado da companhia, os recursos apoiarão a integração e o funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação, bem como a preparação do veículo para a campanha de testes para a obtenção do certificado de tipo junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Desde 2022, o BNDES já liberou mais de R$ 1,2 bilhão em financiamentos para a Eve, apoiando a base financeira para levar o eVTOL à certificação e iniciar as operações comerciais, informou a companhia.
“Esse financiamento acelera uma etapa crítica do nosso programa: a integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável. Agradecemos ao BNDES pela confiança e pelo apoio contínuo à nossa visão de transformar a mobilidade urbana com soluções eficientes e sustentáveis, desenvolvidas e industrializadas no Brasil”, disse CFO da Eve, Eduardo Couto.