Ex-diretor da OMC visto como ministeriável se Lula vencer

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O nome ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, surgiu como um potencial integrante do gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva caso o ex-presidente vença as eleições de outubro, segundo quatro pessoas com conhecimento do assunto.

Azevêdo, atualmente vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos da PepsiCo, é visto pelos membros da campanha de Lula como um hábil e experiente negociador que poderia liderar ministérios importantes, incluindo Fazenda, Comércio e Indústria ou Relações Exteriores, disseram as pessoas, pedindo anonimato porque a discussão não é pública. Azevêdo não respondeu a um pedido de comentário da Bloomberg News.

Investidores, que buscam garantias de que Lula seguirá políticas alinhadas ao mercado num possível terceiro mandato, estão ansiosos para saber quem seria seu ministro da Economia.

O ex-presidente deu sinais de que gostaria de um político no cargo, mas nada está escrito em pedra.

De acordo com duas das pessoas, Azevêdo seria uma surpresa positiva em tal posição, pois poderia construir uma nova relação com o Congresso e ajudar a restaurar a credibilidade do Brasil no exterior.

Embaixador e diplomata de carreira que atuou como diretor-geral da OMC entre 2013 e 2020, Azevêdo foi um dos poderosos executivos que participaram de um almoço com Lula na semana passada em São Paulo.

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Durante o encontro, ele disse ao ex-presidente que, se eleito, Lula deveria abordar a perda de relevância internacional do país em organizações multilaterais e discussões geopolíticas, disse uma pessoa que compareceu ao almoço e pediu para não ser identificada por se tratar de uma discussão privada.

Quando eleito presidente pela primeira vez em 2003, Lula surpreendeu os mercados financeiros ao escolher Antonio Palocci, médico e ex-prefeito de Ribeirão Preto como seu ministro da Fazenda, o cargo mais poderoso do gabinete.

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