AgroTimes

Expectativa de retorno de mais chuvas à soja do RS é frustrada, diz Rural Clima

12 jan 2022, 9:44 - atualizado em 12 jan 2022, 9:44
Soja
Até o momento, a quebra de safra de soja mais acentuada no Brasil se deu no Paraná, onde o plantio normalmente é mais adiantado (Imagem: REUTERS/Enrique Marcarian)

Chuvas volumosas e abrangentes para o Rio Grande do Sul, que poderiam trazer algum alívio para as ressecadas plantações de soja, conforme indicaram previsões anteriores, não deverão mais se confirmar na próxima semana, avaliou a Rural Clima nesta quarta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em meio aos efeitos do fenômeno La Niña, caracterizado pelo esfriamento das águas do Pacífico equatorial, que causa seca no Sul do Brasil, a esperança era de que um aquecimento do Atlântico sul pudesse trazer chuvas mais fortes para áreas de soja, o que não vai acontecer.

“Esperava-se chuva volumosa no Rio Grande do Sul, mas não vai ter mais, porque nas últimas 48 horas o Oceano Atlântico se esfriou demais”, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, em boletim nesta quarta-feira.

“Ou seja, para a terceira semana de janeiro, estava se esperando muita chuva. Vai ter chuva, mas vai ser de forma muito irregular e de baixa intensidade. Então a situação no Rio Grande do Sul é drástica”, acrescentou ele.

O resfriamento do Atlântico Sul “tira completamente a pressão de chuvas do Sul do Brasil”, concluiu o meteorologista, citando ainda que as temperaturas estão em elevação no interior gaúcho, com previsão de superarem 40 graus Celsius, para agravar o problema das lavouras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Até o momento, a quebra de safra de soja mais acentuada no Brasil se deu no Paraná, onde o plantio normalmente é mais adiantado.

No Rio Grande do Sul, que começa a plantar mais tarde, perdas também são registradas. Mas o tamanho do problema poderia aumentar, dependendo das precipitações.

A Rural Clima estima a safra de soja do Brasil em 134,7 milhões de toneladas, ante uma previsão inicial de 145,5 milhões de toneladas. A maior parte das perdas está no Paraná, cuja previsão de colheita passou de 21,2 milhões para 15,1 milhões de toneladas.

Para o Rio Grande do Sul, segundo boletim divulgado na véspera, a Rural Clima ainda vê uma produção de 19,6 milhões de toneladas, ante 20,8 milhões na expectativa inicial, com a consultoria climática fazendo um alerta de que o tamanho da colheita dependerá das chuvas nos próximos 15 dias na lavouras gaúchas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com Santos, Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai terão chuvas um pouco melhores na próxima semana, mas ainda serão “um pouco irregulares”.

Nesta semana, as precipitações seguem intensas sobre a região central do Brasil, mas a partir do dia 15 elas perdem intensidade, o que deve favorecer os trabalhos de colheita em áreas mais adiantadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar