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Exportações do Setor Sucroalcooleiro paulista crescem 37,4% entre janeiro e abril

28 maio 2021, 14:23 - atualizado em 28 maio 2021, 14:28
Exportações
As exportações totais do Estado de São Paulo, no período analisado, apresentaram alta de 17,3%, somando US$ 15,31 bilhões (Imagem: Pixabay)

Nos quatro primeiros meses de 2021, as exportações do agronegócio paulista apresentaram aumento de 11,6%, alcançando US$ 5,66 bilhões, enquanto as importações sofreram redução de 4,3%, totalizando US$ 1,55 bilhão.

Com os resultados, obteve-se superávit de US$ 4,11 bilhões, montante 19,1% superior ao mesmo período de 2020, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).

As exportações totais do Estado de São Paulo, no período analisado, também apresentaram alta (+17,3%), somando US$ 15,31 bilhões.

Ocorre que as importações registram US$ 21 bilhões, valor 12,4% superior ao verificado em 2020; essa conjunção de desempenhos resultou em um aumento de 0,9% no déficit comercial, que atingiu US$ 5,69 bilhões.

Com participação de 37% nas vendas externas, o agronegócio paulista continua sendo fundamental para o equilíbrio das contas paulistas, afirmam José Alberto Angelo, Marli Dias Mascarenhas Oliveira e Carlos Nabil Ghobril, pesquisadores do IEA.

Campeões de Vendas

O Complexo Sucroalcooleiro  paulista somou US$ 1,78 bilhão neste início de 2021 (Imagem: Victoria Priessnitz)

Os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram:

i) Complexo Sucroalcooleiro (US$ 1,78 bilhão, sendo que, desse total, o açúcar representou 86,4%, e o álcool, 13,6%);

ii) Complexo Soja (US$ 907,13 milhões);

iii) Carnes (US$ 719,27 milhões, com a carne bovina respondendo por 87,3%);

iv) Sucos (US$ 515,39 milhões, dos quais 97% referentes a sucos de laranja); e

v) Produtos Florestais (US$ 496,13 milhões, com participações de 48,3% de papel e 36,6% de celulose).

O agregado destes cinco grupos representou 78,1% das vendas externas setoriais paulistas.

O Café, grupo tradicional nas exportações paulistas, aparece na sexta colocação (US$ 239,88 milhões, dos quais 75,6% referentes ao café verde).

Na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2021 e o mesmo período do ano anterior, observam-se importantes variações nos valores exportados dos cinco grupos da pauta paulista, com aumentos para os grupos de Complexo Sucroalcooleiro (+37,4%), Carnes (+8%) e Sucos (18,2%), e quedas para Complexo Soja (-9,4%) e Produtos Florestais (-9,7%).

Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.

Balança Comercial do Brasil

Centro de Tecnologia Canavieira (CTC)
Na análise setorial, as exportações do agronegócio apresentaram aumento de quase 20% nos quatro primeiros meses do ano (Imagem: Divulgação/CTC)

A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 18,24 bilhões no acumulado de janeiro a abril de 2021, com exportações de US$ 82,12 bilhões e importações de US$ 63,88 bilhões. Esse resultado indica aumento de 103,8% no saldo comercial em relação ao mesmo período de 2020.

Na análise setorial, as exportações do agronegócio apresentaram aumento (+19,8%), alcançando US$ 36,87bilhões.

Já as importações cresceram 9,4%, registrando US$ 5,01 bilhões. O superávit foi de US$ 31,86 bilhões, sendo 21,6% superior na comparação com o primeiro quadrimestre de 2020.

Os principais grupos nas exportações do agronegócio brasileiro foram:

i) Complexo Soja (US$ 16,02 bilhões, sendo 83,8% de participação da soja em grãos);

ii) Carnes (US$ 5,61 bilhões, com as carnes bovina, frango e suína representando desse total, respectivamente, 44,9%, 37,9% e 14,6%);

iii) Produtos Florestais (US$ 3,93 bilhões, com participações de 49,5% de celulose e 37,4% de madeira);

iv) Complexo Sucroalcooleiro (US$ 2,75 bilhões, dos quais 88,9% de açúcar); e

v) Café (US$ 2,05 bilhões, sendo o café verde com participação de 91,5%).

Os cinco agregados representaram 82,4% das vendas externas setoriais brasileiras.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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