Polícia Federal

Operação “Fábrica de PIX”: Polícia Federal investiga fraude em lotérica que simulava pagamentos e desviou R$ 3,7 milhões

06 nov 2025, 13:13 - atualizado em 06 nov 2025, 12:57
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(Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A Polícia Federal deflagrou nesta semana a Operação Fábrica de PIX, que investiga um esquema de simulação de pagamentos no sistema de arrecadação de uma casa lotérica em Jundiá (RN). Segundo a PF, o golpe gerou um prejuízo aproximado de R$ 3,7 milhões.

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O caso não tem relação com sorteios da Mega-Sena ou resultados de jogos, apesar de o tema frequentemente reacender teorias conspiratórias sobre manipulação de prêmios. Aqui, o foco é fraude no processamento de pagamentos, e não na dinâmica dos concursos.

Como o esquema funcionava

A investigação começou após a prisão em flagrante de um homem que havia assumido recentemente a concessão da lotérica.

De acordo com a PF, em 17 de outubro, o suspeito teria registrado centenas de pagamentos falsos — boletos que apareciam como pagos no sistema, sem que o dinheiro fosse efetivamente repassado ao credor.

Em seguida, o investigado deixou a cidade e acabou preso ao desembarcar em Curitiba (PR).

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A operação envolvia:

  • simulação de quitação de cobranças
  • geração de comprovantes como se o pagamento tivesse sido feito
  • desvio dos valores para contas de terceiros

Ou seja, trata-se de fraude financeira, não de adulteração de sorteios.

“Pulverização” para dificultar o rastreamento

Segundo a PF, os valores foram espalhados (“pulverizados”) por meio de contas bancárias de laranjas em diferentes instituições — estratégia que complica o bloqueio dos recursos.

Policia Federal
(Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

A Justiça Federal autorizou:

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  • quebra de sigilo bancário
  • bloqueio de contas envolvidas
  • apreensão de veículos de luxo ligados ao principal investigado

A investigação agora busca identificar quem cedeu contas para movimentar o dinheiro e quem emitiu boletos utilizados na fraude.

O Money Times tentou contato com a PF, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Ao portal G1, a Polícia Federal informou que o esquema não afetou concursos, apostas, prêmios nem resultados das loterias. A fraude ocorreu no processamento de pagamentos, não no sistema de sorteio.

Por que o golpe encontra brecha

As casas lotéricas não operam apenas apostas. Elas funcionam também como:

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  • arrecadadoras de contas
  • recebedoras de tributos
  • pontos de pagamento de benefícios sociais

Na prática, são uma segunda camada de infraestrutura financeira, paralela ao sistema bancário tradicional.

E, como qualquer sistema de processamento, pode ser explorado se houver vulnerabilidade e acesso interno.

A PF segue mapeando contas de passagem e eventuais laranjas para tentar recuperar os recursos desviados.

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Jornalista com especialização em Gestão de Mídias Digitais. Atua como repórter nos portais de notícias Money Times e Seu Dinheiro.
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