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Facebook cria grupo para buscar oportunidades em comércio

10 ago 2020, 14:21 - atualizado em 10 ago 2020, 14:21
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O Facebook contratou Stephane Kasriel, ex-CEO da Upwork, para o cargo de vice-presidente de pagamentos (Imagem: Unsplash/@alexhaney)

O Facebook (FB) formou um grupo para buscar oportunidades em pagamentos e comércio e colocou David Marcus, que ajudou a desenvolver o projeto da criptomoeda Libra, à frente da iniciativa.

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Chamado de F2 internamente, sigla para Facebook Financial, a equipe executará todos os projetos de pagamentos, incluindo o Facebook Pay, o recurso de pagamentos universais que a empresa planeja incluir em todos seus aplicativos.

Marcus continuará no comando da Novi, divisão que desenvolve a carteira digital para armazenar a criptomoeda Libra.

Ele também estará envolvido nos projetos de pagamentos do WhatsApp em países como Índia e Brasil. O Facebook contratou Stephane Kasriel, ex-CEO da Upwork, para o cargo de vice-presidente de pagamentos, sob a supervisão de Marcus.

É mais um passo para aproximar os produtos individuais e aplicativos do Facebook. Nos últimos dois anos, a empresa fez mudanças no logos do Instagram e do WhatsApp para que as pessoas soubessem que são propriedade do Facebook. O CEO Mark Zuckerberg anunciou planos para integrar todos os serviços de mensagens da empresa.

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“Temos muitas coisas de comércio acontecendo no Facebook”, disse Marcus. “Sentimos que era a coisa certa a fazer para racionalizar a estratégia no nível da empresa em torno de todos os pagamentos.”

A ideia é que se os usuários puderem fazer compras no Instagram, Messenger e WhatsApp, a publicidade do Facebook terá mais valor e os usuários passarão mais tempo nos aplicativos da empresa.

Na teleconferência sobre o balanço do segundo trimestre do Facebook no mês passado, Zuckerberg disse que estava “muito animado” com o comércio embutido nos aplicativos de mensagens. “Conforme os pagamentos crescem no Messenger e no WhatsApp e somos capazes de implementar isso em mais lugares, acho que isso só vai crescer como tendência”, acrescentou.

Marcus é veterano em pagamentos e um executivo de confiança na empresa. Ele entrou no Facebook em 2014 depois de deixar o cargo de presidente do PayPal e comandou o Facebook Messenger por quatro anos antes de assumir o projeto Libra.

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Sobre o balanço do segundo trimestre do Facebook no mês passado, Zuckerberg disse que estava “muito animado” com o comércio embutido nos aplicativos de mensagens (Imagem: Facebook/Mark Zuckerberg)

Uma prioridade será fazer com que os pagamentos sejam executados dentro do WhatsApp na Índia e no Brasil. A empresa investiu pesado para tornar o WhatsApp um destino de comércio nesses mercados, mas a regulamentação paralisou os esforços de pagamento nos dois países.

Marcus trabalhou recentemente para tirar a Libra do papel como criptomoeda para pagamentos internacionais. Isso exigiu negociações com reguladores, e a experiência poderia ajudar em outras iniciativas de pagamentos do Facebook.

“É útil ter conhecimento específico em regulamentação de serviços financeiros para construir as coisas da maneira certa desde o início”, disse. “No mundo dos serviços financeiros, é muito diferente das empresas tradicionais de tecnologia que não são regulamentadas.”

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bloomberg@moneytimes.com.br