BusinessTimes

Facebook (FBOK34) permitiu desinformação na rede social, diz ex-funcionária

21 fev 2022, 14:10 - atualizado em 21 fev 2022, 14:32
Facebook
(Pixabay)

Segundo informações do The Verge, o Facebook (FBOK34) é alvo de duas queixas na Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A empresa teria enganado investidores permitindo que informações falsas circulassem na rede social sobre os temas  mudanças climáticas e Covid-19.

As reclamações foram apresentadas pela Whistleblower Aid, entidade de advogados que representa a engenheira Frances Hughen, que trabalhava na empresa e que desde o ano passado divulgou uma série de documentos internos da companhia para o Wall Street Journal que indicariam irregularidades.

O vazamento ficou conhecido como Facebook Papers, analogia a outros vazamentos já conhecidos pelo público, como o Panama Papers e o Pandora Papers.

As informações sobre a primeira denúncia foram obtidas pelo jornal The Washington Post e trata sobre as fake news presentes na plataforma a respeito das mudanças climáticas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Documentos indicariam, por exemplo, que um funcionário buscou “mudanças climáticas” na plataforma. No campo de resultados, em segundo lugar, aparecia um vídeo que promovia mentiras sobre o tema.

O vídeo, no caso, já tinha na época 6,6 milhões de visualizações.

A acusação também cita o Climate Science Information Center do Facebook, hub criado para promover informações confiáveis ​​sobre mudanças climáticas, lançado em 2020.

Segundo o The Post, a denúncia mostra por meio de registros internos que poucos usuários conheciam a plataforma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já a segunda queixa trata sobre combate à desinformação cujo tema é a pandemia do coronavírus. Segundo monitoramento realizado pela Universidade Johns Hopkins, a doença já vitimou mais de 5,8 milhões de pessoas em todo o mundo.

Só no Estados Unidos, primeiro lugar no ranking, são mais de 935 mil óbitos.

O jornal diz que a denúncia cita um documento interno que mostra um aumento de 20% de informações falsas sobre a Covid em abril de 2020, além do aumento da presença de grupos anti-isolamento na plataforma.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já chegou a acusar o Facebook e outras redes sociais de “matar pessoas” por conta da desinformação que circula livremente sobre a doença e sobre a eficácia das vacinas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Drew Pusateri, porta-voz da Meta, declarou em nota via e-mail para o The Verge que o Facebook encaminha mais de 2 bilhões de pessoas para canais com informações oficias de saúde pública, por exemplo, e que informações falsas sobre vacinas, teorias da conspiração e desinformação continuam sendo removidas do site.

“Não há soluções únicas para impedir a disseminação de desinformação, mas estamos comprometidos em construir novas ferramentas e políticas para combatê-la”, afirmou.

 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Editora
Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
alexa.meirelles@moneytimes.com.br
Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.