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Falas de Lula, Petrobras (PETR4), inflação e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (12)

12 mar 2024, 10:27 - atualizado em 12 mar 2024, 10:28
ibovespa hoje 12 março 2024
As falas do presidente Lula e dados de inflação no Brasil e EUA podem mexer com o Ibovespa nesta terça (12) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (12) em alta, avançando 0,26%, a 126.450 pontos, por volta das 10h04. Na véspera, o índice fechou em queda com Vale (VALE3) pesando sobre o índice, com uma baixa de 3,11%, após forte recuo do minério de ferro.

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dólar abriu perto da estabilidade frente ao real, com todas as atenções voltadas para dados de inflação de Brasil e Estados Unidos antes dos encontros de política monetária da semana que vem de seus respectivos bancos centrais.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta terça (12)

IPCA sobe 0,83% em fevereiro e acumula alta de 1,25% no ano

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,83% em fevereiro — apontando para uma aceleração em relação à alta de 0,42% apurada em janeiro.

O número ficou em linha com as expectativas do mercado, que também projetava um aumento de 0,83% no mês.

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De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12), o IPCA já acumula alta de 1,25% no ano, e de 4,50% nos últimos 12 meses. Em fevereiro de 2023, a variação do índice havia registrado 0,84%.

CPI nos Estados Unidos

Em dia de dobradinha de dados inflacionários, hoje também foi publicado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, após ter avançado 0,3% em janeiro, informou o Departamento do Trabalho americano nesta terça-feira.

A gasolina e a moradia, que inclui aluguéis, contribuíram com mais de 60% para o aumento mensal do índice. Nos 12 meses até fevereiro, os preços ao consumidor aumentaram 3,2%, de 3,1% em janeiro.

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O analista da Empiricus Research Matheus Spiess aponta que o foco estará em avaliar se os dados influenciarão as expectativas de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve em junho.

Lula volta a alfinetar Campos Neto

Depois do que parecia ser uma trégua, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto.

Ontem, em entrevista ao SBTLula disse que Campos Neto, ao qual se referiu como “esse cidadão”, “está contribuindo para o atraso econômico do país”.

Segundo Lula, a sociedade brasileira tem uma expectativa muito grande, e o presidente da autoridade monetária deveria ser mais “rápido”.

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“Não tem nenhuma explicação o juro da taxa Selic estar a 11,25%. Não existe nenhuma explicação econômica, inflacionária. Não existe nada, a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros”, afirmou.

Vale lembrar que, até agosto do ano passado, o Banco Central estava mantendo a taxa básica de juros em 13,75%. De lá para cá, já foram cinco cortes de 0,50 ponto percentual.

Petrobras (PETR4) e a saga dos dividendos

O analista Matheus Spiess, da Empiricus, aponta que relatos indicam que a recente turbulência nas ações da Petrobras (PETR4) pode ser resultado de um embate entre Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, e Jean Paul Prates, presidente da estatal.

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Spiess pondera que, aparentemente, a política de retenção integral dos lucros, optando por distribuir apenas dividendos ordinários, foi influenciada por conselheiros nomeados pelo Ministério de Minas e Energia e pela Casa Civil.

“Esse episódio evidencia, mais uma vez, a interferência política do governo, já que Prates tinha a intenção de reter somente 50% dos lucros Para contornar a situação e evitar maiores conflitos, o próprio presidente Lula interveio, definindo a estratégia de retenção de lucros, apesar de existirem restrições legais sobre o uso desses recursos para investimentos – um ponto que partes do governo buscam contornar, identificando possíveis lacunas na legislação”, avalia.

Natura (NTCO3) tem prejuízo de R$ 2,7 bilhões no quarto trimestre

Natura (NTCO3) reportou lucro líquido de R$ 3 bilhões em 2023, segundo balanço divulgado na terça-feira (12). No entanto, a companhia registrou prejuízo de R$ 2,7 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23).

A empresa afirmou que a última linha do resultado foi impactada por R$ 1 bilhão relacionado às operações vendidas da rede de lojas The Body Shop e por conta negativa de R$ 664 milhões associada ao “impairment da Avon”.

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receita líquida consolidada totalizou R$ 6,61 bilhões, alta anual de 4,5% em moeda constante e queda de 17,4% em reais.

Na avaliação do analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, o impacto dos números apresentados é negativo.

“As operações da Natura seguem sendo negativamente afetadas pela expansão na América Latina (principalmente Argentina) e pelos resultados fracos da Avon, que mais do que compensam os bons resultados da operação da Natura no Brasil”, pondera.

*Com Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.