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Faltam gatilhos relevantes para Rede D’Or (RDOR3) no curto prazo, diz Itaú BBA; ações desabam 6%

29 set 2022, 12:05 - atualizado em 29 set 2022, 12:05
Rede Dor
Queda das ações reflete a atualização das estimativas de Itaú BBA para a Rede D’Or (Imagem: Rafael Borges/Money Times)

As ações da Rede D’Or (RDOR3) e da SulAmérica (SULA11) lideram as quedas do Ibovespa nesta quinta-feira (29).

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Por volta das 11h55, os papéis das duas empresas caíam 6,72% e 6,67%, respectivamente.

O índice de referência da B3 (B3SA3) cai forte hoje também, seguindo o movimento dos mercados locais. Em Wall Street, Nasdaq derretia 3%, repercutindo os últimos dados macroeconômicos divulgados nos Estados Unidos.

A queda das ações das empresas do setor de saúde reflete a atualização das estimativas de Itaú BBA para a Rede D’Or.

Embora a recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado) tenha sido mantida, a instituição cortou o preço justo da ação da companhia, de R$ 45 ao fim de 2022 para R$ 41 ao fim de 2023, assumindo um crescimento menor de ticket médio no segundo semestre deste ano.

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“As negociações de preços entre a rede hospitalar e seus pagadores devem tomar mais tempo do que estávamos antecipando”, avaliam os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amancio, em relatório publicado nesta quarta (28).

O BBA atualizou as estimativas de lucro líquido para 2022 e 2023, cortando as projeções em 22% e 23%, respectivamente (a R$ 1,14 bilhão e R$ 1,95 bilhão). O Ebitda esperado para 2022 e 2023 também foi reduzido em 8% e 10%, respectivamente, e agora está em R$ 5,57 bilhões e R$ 7,22 bilhões, seguindo a revisão baixista dos tickets médios e da queda mais gradual dos custos de materiais/medicina para níveis normalizados.

Embora o terceiro e quatro trimestres sejam sazonalmente mais fracos, o BBA espera que melhores negociações de preços de suprimentos com fornecedores comecem a dar frutos, mitigando a desalavancagem operacional. A instituição estima margens Ebitda de 26% e 24,8% para o terceiro e o quatro trimestre de 2022, respectivamente.

Curto prazo mais fraco, mas longo prazo positivo

Para o BBA, a ação da Rede D’Or é negociada a um valuation alto, de 31 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2023, desconsiderando SulAmérica (e 23 vezes considerando SULA11).

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Na avaliação dos analistas, faltam gatilhos relevantes para a ação da Rede D’Or no curto prazo.

A visão de longo prazo positiva, por outro lado, permanece intacta. O BBA destaca que a companhia oferece uma das taxas de crescimento de lucro líquido projetadas mais elevadas dentro do seu universo de cobertura de saúde.

O forte crescimento deve ser impulsionado por projetos greenfield (novos), brownfield (existentes) e fusões e aquisições, sendo a combinação de negócios com a SulAmérica a principal transação do momento envolvendo a empresa.

“Continuamos vendo a companhia apresentando uma impressionante CAGR (taxa de crescimento anual composta) de lucros (49% para 2022-26), com uma TIR (taxa interna de retorno) de três anos consideravelmente maior que o custo de capital”, dizem Figueiredo, Marquezini e Amancio.

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E a SulAmérica?

O BBA continua otimista com a combinação de negócios entre Rede D’Or e SulAmérica, mas enxerga um cenário difícil para a segunda empresa no curto prazo.

De acordo com o banco, as adições líquidas provavelmente serão reduzidas por um ambiente macro mais desafiador no quarto trimestre de 2022 em diante e por um churn maior devido aos grandes ajustes de preços que estão sendo impostos.

“Além disso, a frequência anormalmente alta observada no sistema de saúde privado provavelmente desencadeará outro ciclo agressivo de alta de preços em 2023, visando a normalização da sinistralidade apenas em 2024″, completam os analistas.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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