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Farmacêuticas Sanofi e Glaxo estão unidas para desenvolver vacina contra coronavírus

14 abr 2020, 12:58 - atualizado em 14 abr 2020, 12:58
Vacina
As vacinas são “essenciais para o plano de saída que o mundo precisa”, disse a diretora-presidente da Glaxo (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Duas das maiores fabricantes globais de vacinas decidiram unir forças para combater o coronavírus quando o número de casos confirmados se aproxima de 2 milhões no mundo todo.

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A Sanofi testará sua vacina experimental contra o coronavírus com os chamados adjuvantes da GlaxoSmithKline, que são ingredientes adicionais que melhoram a eficácia e facilitam a produção de doses em maiores quantidades, disseram as empresas na terça-feira.

As farmacêuticas planejam iniciar testes em humanos no segundo semestre deste ano, com a meta de ter uma vacina disponível até o segundo semestre de 2021, se os estudos forem bem-sucedidos.

As vacinas são “essenciais para o plano de saída que o mundo precisa”, disse a diretora-presidente da Glaxo, Emma Walmsley. “Se formos bem-sucedidos, poderemos fabricar centenas de milhões de doses anualmente até o final do próximo ano.”

A parceria une duas gigantes farmacêuticas com escala de fabricação na corrida para a descoberta de uma vacina contra o Covid-19. Dezenas de empresas, que incluem Moderna e Johnson & Johnson, juntamente com universidades, pesquisam uma vacina para deter o patógeno que se espalha rapidamente.

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Mesmo que as farmacêuticas consigam atingir a meta de colocar uma vacina no mercado em 12 a 18 meses, ainda não se sabe se conseguirão acompanhar a demanda global.

O mundo precisa de mais de uma vacina que funcione para atender à demanda, disse a presidente da Glaxo a repórteres na terça-feira. Se a Glaxo e a Sanofi conseguirem criar uma, a Glaxo poderá fabricar o adjuvante no Reino Unido, Europa e EUA.

A Glaxo também se comprometeu a reinvestir qualquer lucro de curto prazo de uma vacina na pesquisa sobre o Covid-19 e preparação a longo prazo contra pandemias.

A Sanofi iniciou as pesquisas em fevereiro, apostando que esforços prévios em busca de uma vacina contra a SARS poderiam acelerar sua iniciativa.

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A empresa com sede em Paris se uniu à Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado dos EUA, ou BARDA na sigla em inglês, uma agência governamental que financia projetos de pesquisa e desenvolvimento contra ameaças à saúde.

Adjuvantes são adicionados a algumas vacinas para melhorar a resposta imune e oferecer maior proteção. Esses componentes podem reduzir a quantidade de proteína da vacina necessária por dose, aumentando a probabilidade de que possa ser produzida em grandes quantidades, disseram Sanofi e Glaxo.

No comunicado, as empresas também se comprometeram que qualquer vacina desenvolvida seja acessível e disponível globalmente.

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bloomberg@moneytimes.com.br