Economia

Fazenda vê desaceleração da atividade, mas ainda aponta viés de alta para projeção do PIB de 2025

04 dez 2025, 12:25 - atualizado em 04 dez 2025, 12:25
tarifas de Trump - Ministério da Fazenda
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda afirmou nesta quinta-feira (4) que vê uma tendência de desaceleração econômica no país até o momento e de desaquecimento à frente, mas apontou que o viés de revisão para a atividade em 2025 é de alta.

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A pasta afirmou em nota que o desempenho da economia no terceiro trimestre foi inferior ao projetado pelo governo, ponderando que a expectativa é de crescimento positivo na margem no quarto trimestre, com uma leve melhora no desempenho dos serviços.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1% entre julho e setembro na comparação com os três meses anteriores, informou nesta quinta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que a desaceleração do setor de serviços no trimestre compensou dados positivos da agropecuária e da indústria, enquanto o consumo das famílias perdeu força, dando sequência ao esperado enfraquecimento da atividade diante dos juros elevados no país.

A projeção mais recente do governo, feita em novembro, estimou que o PIB crescerá 2,2% em 2025.

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Para a pasta, os novos dados indicam que a agropecuária e a indústria devem crescer mais que o previsto anteriormente, enquanto serviços devem crescer com menos força.

“Considerando todas essas mudanças, o viés de revisão para o PIB de 2025 é de alta”, disse.

A pasta ponderou que “não se altera a perspectiva de desaquecimento econômico e de fechamento do hiato desenhada do segundo semestre de 2025 em diante”.

De acordo com a SPE, revisões feitas pelo IBGE para períodos anteriores impactaram o cenário, com a revisão para cima do PIB do primeiro semestre levando a uma conclusão de que a desaceleração depois desse período foi mais acentuada, reduzindo também o carregamento para 2026.

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O Banco Central vem mantendo a taxa Selic em 15% ao ano, nível mais alto em duas décadas para levar a inflação à meta de 3%, levantando críticas de membros do governo sobre os efeitos negativos dos juros restritivos sobre a atividade.

Os dados mais fracos da atividade elevaram apostas no mercado para um possível corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de janeiro.

Após a divulgação do PIB do terceiro trimestre, a curva a termo precificava nesta manhã 84% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da Selic em janeiro. No fechamento de quarta-feira, esse percentual estava em 78%.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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