Mercados

Tem limite? Dólar à vista sobe a R$ 5,65, no maior patamar em mais de dois anos; veja cotação

01 jul 2024, 17:32 - atualizado em 01 jul 2024, 17:32

dólarO desempenho do dólar acompanhou o exterior. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto a cautela sobre o cenário fiscal não é dissipada, o dólar à vista (USDBRL) segue renovando os recordes na comparação com o real. 

Nesta segunda-feira (1º), a moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 5,6533, com alta de 1,16% no mercado à vista — o maior patamar desde 10 de janeiro de 2022, quando o dólar fechou a R$ 5,6742.

As preocupações com o cenário fiscal pressionaram mais uma vez o real, embaladas por novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe do Executivo voltou a criticar o Banco Central.

Em entrevista à Rádio Princesa, em Feira de Santana (BA), Lula disse que “quem quer o Banco Central independente é o mercado, que faz parte do Copom, que determina meta de inflação, que determina política de juros”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo ele, não se pode ter uma autoridade monetária que não está de acordo com o que a população quer. Ele disse que não dá para o presidente do BC, a quem se referiu como “cidadão”, ser mais importante que o presidente da República.

Além disso, o Boletim Focus mostrou a elevação das projeções para a inflação em 2024 e 2025. As expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passaram de 3,98% para 4%.

Já para 2025, a aposta foi elevada de 3,85% para 3,87%. As projeções seguem acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para 2024 e 2025, com intervalo de 1,5 ponto percentual (p.p.).

Mas a culpa não é só do Lula e da piora das expectativas para inflação, desta vez. O dólar acompanhou o desempenho no exterior, com o avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasurys — que renovaram as máximas com a perspectiva de fortalecimento de Donald Trump na corrida eleitoral.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por que o avanço dos Treasurys valoriza o dólar?

Os Estados Unidos são a maior economia do mundo, e os títulos do Tesouro do país, principalmente os de longo prazo, são um “termômetro” dos investidores sobre a trajetória da economia norte-americana.

Sendo assim, os Treasurys são considerados o investimento considerado mais seguro do mundo. Então, em linhas gerais, quando o rendimento dos Treasurys aumenta, acaba atraindo capital de todo o planeta, inclusive aquele que está no Brasil.

O que, por outro lado, fortalecer o dólar — em relação a outras moedas —, já que a saída de recursos estrangeiros do Brasil, no caso, diminui o volume em circulação da moeda norte-americana no país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar