Internacional

Fed deve adotar alta menor nos juros, mas manter abordagem contra inflação

01 fev 2023, 9:39 - atualizado em 01 fev 2023, 9:39
O Fed realizou um aumento de 0,5 ponto percentual em sua reunião de política monetária de 13 a 14 de dezembro (Imagem: REUTERS/Sarah Silbiger)

O Federal Reserve deve elevar sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira, abandonando os rápidos aumentos realizados no ano passado para conter a aceleração da inflação em favor de uma busca mais gradual por um ponto de parada.

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O aumento esperado colocará a taxa de juros do banco central norte-americano na faixa de 4,50% a 4,75%, a mais alta desde novembro de 2007, quando a economia estava perto do que viria a ser uma recessão longa e profunda.

As autoridades esperam evitar um resultado semelhante desta vez, e os dados econômicos dos Estados Unidos desde a última reunião de política monetária em dezembro se moveram amplamente na direção certa: a inflação está desacelerando sob o impacto dos juros mais altos e condições financeiras mais rígidas, enquanto a economia continua crescendo e criando empregos.

O Comitê Federal de Mercado Aberto, que define a taxa, divulgará sua decisão de política monetária às 16h (horário de Brasília).

O chair do Fed, Jerome Powell, dará coletiva de imprensa meia hora depois para explicar a decisão.

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“Eventos recentes sugerem que o ano à frente pode ser um pouco menos desafiador do que se achava antes”, escreveu Nathan Sheets, economista-chefe global do Citi, destacando que os riscos de recessão estão diminuindo globalmente enquanto dados dos EUA “indicam crescimento contínuo, moderação da inflação e um ritmo mais lento de altas de juros pelo Fed”.

Antes da reunião de dois dias do Fed nesta semana, o Fundo Monetário Internacional elevou suas perspectivas para a economia global, que suas autoridades disseram ter se mostrado “surpreendentemente resiliente” diante do aperto da política monetária e da guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia.

Surpreendido pela aceleração da inflação no ano passado, o Fed aprovou as altas mais rápidos dos juros desde a década de 1980.

Começando com um aumento de 0,25 ponto percentual em março, o banco central aumentou sua taxa depois em movimentos de 0,75 ponto percentual e, ao todo, elevou os juros em 4,25 pontos percentuais em apenas 10 meses.

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O Fed realizou um aumento de 0,5 ponto percentual em sua reunião de política monetária de 13 a 14 de dezembro.

O impacto das mudanças parece estar ganhando força.

Novos dados na semana passada mostraram que uma importante medida de inflação desacelerou mais rápido do que o esperado em dezembro, continuando uma tendência de queda de seis meses.

O crescimento dos custos trabalhistas, observado de perto como um possível indicador de futuros aumentos de preços, também desacelerou no quarto trimestre.

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Mas a medida de inflação preferida do Fed, o índice PCE, ainda subiu a uma taxa anual de 5% em dezembro, abaixo da máxima de junho de quase 7%, mas ainda mais que o dobro da meta de inflação de 2% do banco central.

As autoridades estão convictas de que não cometerão o que consideram ser o erro crucial de interromper novos aumentos de juros até que estejam convencidos de que a inflação está em um caminho de volta à meta de 2%.

Alguns analistas esperam que o Fed remova de seu comunicado a promessa atual e aberta de “aumentos contínuos” nos juros, uma frase usada desde que o banco central iniciou seu ciclo de aperto em março.

Qualquer nova linguagem, no entanto, ainda deixaria a porta aberta para novas altas, dependendo dos dados econômicos recebidos, principalmente sobre inflação e empregos.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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