Economia

Fed enfrenta grande decisão de dar pistas sobre futuro dos juros

28 abr 2020, 13:40 - atualizado em 28 abr 2020, 13:40
Federal Reserve
Powell e integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto ainda têm uma decisão importante a tomar nessa frente (Imagem: REUTERS/Leah Millis)

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, já reduziu os juros para quase zero, mas ainda precisa decidir se deve dar mais detalhes sobre quanto tempo as taxas permanecerão nesse nível.

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Autoridades monetárias dos EUA têm estado ocupadas lançando linhas de crédito de emergência para fornecer liquidez à economia, em grande parte paralisada pela pandemia de coronavírus.

Isso afastou o banco central de sua principal tarefa em tempos mais normais: deliberar sobre o nível das taxas de juros.

Powell e integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto ainda têm uma decisão importante a tomar nessa frente. Uma grande lição aprendida da última vez que os juros estiveram tão baixos é que é igualmente urgente ser claro com o público sobre quanto tempo as taxas permanecerão nesse nível se o Fed quiser obter o máximo impulso para a economia.

É por isso que a perspectiva divulgada anteriormente sobre o futuro dos juros deve fazer parte do debate na reunião de política monetária de dois dias do FOMC a partir de terça-feira, mesmo que seja cedo para mudar muito o comunicado do comitê quando este for divulgado na quarta-feira.

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“É urgente que o Federal Reserve forneça sólidos compromissos de estimativas o mais rápido possível para fortalecer as expectativas de uma forte recuperação, diminuir as taxas de juros reais com o aumento das expectativas de inflação e convencer empresas a assumirem mais dívida que seus programas do mercado de crédito estão disponibilizando, em vez de reduzir os juros e esperar para ver”, afirmou Krishna Guha, vice-presidente da Evercore ISI, em Washington.

Quando o FOMC anunciou em 15 de março que os juros seriam cortados para quase zero, disse que manteria as taxas nesse nível “até ter certeza de que a economia superou eventos recentes e esteja a caminho de atingir suas metas máximas de emprego e estabilidade de preços”.

Desemprego em alta

Desde então, milhões de pessoas perderam o emprego, pois grande parte da economia entrou em confinamento para limitar a propagação do vírus.

Os dados mais recentes sugerem que o desemprego pode ter subido para 20% neste mês, índice duas vezes mais alto do que o registrado após a crise de 2008.

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Guha e Simon Potter, ambos ex-funcionários do Fed de Nova York, dizem que a redação do comunicado de 15 de março deixa muito espaço para interpretação. Ambos elaboraram juntos uma proposta sugerindo que o FOMC se comprometa publicamente a manter o juro básico em zero pelo menos até que a taxa de desemprego volte a 4%.

Mas eles dão um passo adiante, dizendo que o Fed também deve se comprometer com juro zero até a inflação desde o início de 2020 subir para 2,5% em média.

Tudo isso ancoraria as taxas de longo prazo, enviando uma mensagem à sociedade de que o banco central não vai subir os juros prematuramente, o que ajudaria a evitar os tipos de erros de política monetária que afetaram a longa e lenta expansão que se seguiu à última crise.

Quando o Fed reduziu os juros para zero em 2008 e começou a injetar dinheiro no sistema financeiro por meio da compra em larga escala de títulos, formuladores de políticas rapidamente se voltaram para a perspectiva de uma estratégia de saída. Eles estavam preocupados com a inflação, embora o desemprego estivesse muito alto.

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Os investidores sabiam disso e, como resultado, os juros dos empréstimos de longo prazo permaneceram altos durante os primeiros anos da recuperação, embora a taxa básica estivesse perto de zero.

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