Internacional

Fed mantém estímulo mesmo reconhecendo recuperação “fortalecida”

28 abr 2021, 16:32 - atualizado em 28 abr 2021, 16:32
O crescimento do emprego nos EUA tem acelerado, e o Fed espera que a inflação suba para sua meta de 2% ao longo do tempo (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)

O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manteve os juros e seu programa mensal de compra de títulos inalterados nesta quarta-feira, reconhecendo a força crescente da economia dos EUA, mas sem dar qualquer sinal de que está pronto para começar a reduzir seu suporte à recuperação.

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“Em meio ao progresso com as vacinações e ao forte suporte de política monetária, os indicadores de atividade econômica e o emprego se fortaleceram”, disse o banco central norte-americano em seu comunicado de política monetária ao final de uma reunião de dois dias. O placar da decisão foi unânime.

No entanto, “a trajetória da economia dependerá de forma significativa do curso do vírus, incluindo avanços nas vacinações”, acrescentou o Fed. “A crise de saúde pública em curso continua a pesar sobre a economia, e riscos para as perspectivas econômica permanecem.”

A linguagem sobre o vírus reflete uma visão ligeiramente menos negativa do que a descrita pelo Fed em março, quando o BC disse que a crise sanitária “apresenta consideráveis riscos às perspectivas econômicas.”

Apesar da melhora da economia, o Fed repetiu nesta quarta-feira a orientação que tem usado desde dezembro, com uma lista de condições que precisam ser cumpridas antes que se considere a retirada do apoio emergencial adotado em 2020 para conter as consequências econômicas da pandemia de coronavírus.

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Isso inclui “progresso substancial adicional” na direção de suas metas de inflação e emprego antes de reduzir as compras mensais de títulos.

O chair do Fed, Jerome Powell, participará de coletiva de imprensa às 15h30 (horário de Brasília) para complementar as decisões trazidas pelo comunicado e as opiniões do banco central sobre as perspectivas econômicas otimistas.

O crescimento do emprego nos EUA tem acelerado, e o Fed espera que a inflação suba para sua meta de 2% ao longo do tempo, permitindo que reduza os 120 bilhões de dólares em compras mensais de títulos e eleve sua taxa de juros em relação ao nível atual próximo a zero.

Mas mesmo essa primeira etapa de redução das compras de títulos provavelmente ocorrerá daqui a meses, e o Fed não deu nenhuma indicação no comunicado desta quarta-feira de que há pressa.

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A economia norte-americana continua com mais de 8 milhões de empregos a menos do que no período anterior à pandemia, que forçou indústrias a fechar suas portas num esforço para controlar a propagação do coronavírus.

A expansão do programa de vacinação contra a Covid-19 nos EUA contribuiu para as expectativas de rápido crescimento econômico neste ano, embora o Fed tenha reconhecido que as perspectivas para a economia dependem do progresso contínuo no gerenciamento da pandemia.

Veja o documento:

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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