Economia

Fed poderia recorrer a ferramentas da crise de 2008, diz empresa de investimentos

11 mar 2020, 16:52 - atualizado em 11 mar 2020, 16:55
Federal Resserve
O Fed poderia retomar uma linha de crédito da época da crise que financiou notas promissórias para reduzir os juros para empresas (Imagem: REUTERS/Chris Wattie/File Photo)

O Federal Reserve poderia recorrer a algumas ferramentas usadas na crise de 2008 para ajudar pequenas empresas e consumidores com problemas de fluxo de caixa, caso os cortes da taxa de juros e programas de compra de títulos não sejam suficientes para dar fôlego à economia dos EUA, segundo a Pacific Investment Management.

“A política monetária, que trabalha com atrasos longos e variáveis, não pode impedir a propagação do vírus nem é particularmente eficaz para abordar os choques no lado da oferta”, afirmou Tiffany Wilding, economista para EUA da Pimco, que, no entanto, espera que o Fed corte os juros em pelo menos 50 pontos-base na reunião de 18 de março.

O Fed poderia retomar uma linha de crédito da época da crise que financiou notas promissórias para reduzir os juros para empresas, disse a economista em blog no site da gestora de investimentos.

A ferramenta permitiria às empresas conseguir empréstimos de curto prazo mais facilmente como também fazer a rolagem para solucionar problemas de financiamento.

O banco central dos EUA tenta proteger a economia do coronavírus com o corte de juros e injetando recursos no sistema financeiro.

Na semana passada, o Fed fez um corte de emergência nas taxas de juros em meio ao colapso dos mercados financeiros.

Tiffany disse que as autoridades do Fed podem reduzir as previsões de crescimento real em 2020 para 1% a 1,5% quando divulgarem o Sumário de Projeções Econômicas com o comunicado de março.

Embora a previsão para 2020 ainda seja positiva, essa revisão implicaria que os EUA estariam se aproximando de uma recessão técnica.

Alguns dos setores mais atingidos pelo coronavírus incluem viagens, turismo, recreação, alimentação e outros serviços ao consumidor, que juntos representam mais de 10% do PIB dos EUA, disse.

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