Federal Reserve com presidente indicado por Trump deve ser mais dovish, avaliam economistas

O próximo presidente do Federal Reserve (Fed), que será indicado por Donald Trump, deve adotar uma postura mais dovish — ou seja, mais propensa a manter a taxa de juros dos Estados Unidos em níveis mais baixos. A avaliação é de Gabriel Hartung, economista da SPX Capital.
Hartung indica Kevin Hassett, assessor da Casa Branca, como um provável nome para comandar o banco central norte-americano.
Um Fed mais leniente com a inflação — mirando um alvo de 2,5% em vez da meta 2% — pode representar uma piora em termos de credibilidade e controle dos preços.
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Daniel Popovich, da Franklin Templeton, afirma que essa possível mudança na condução da política monetária nos EUA tende a favorecer a desvalorização do dólar.
Ele observou que o chamado “excepcionalismo americano”, que por anos sustentou a moeda em patamar elevado, está perdendo força. Ainda que o país mantenha certa resiliência no crescimento, o movimento de fluxo de capital para outros países tem ganhado tração.
Para Marina Valentini, do JP Morgan, esse cenário indica que o excepcionalismo americano está agora dividido.
Segundo ela, outras histórias relevantes vêm surgindo em diferentes países do mundo, ampliando as alternativas para investidores globais e diluindo a hegemonia norte-americana.