Federal Reserve mantém juros inalterados pela 3ª vez consecutiva

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve decidiu manter os juros de referência dos Estados Unidos (EUA) inalterados na reunião desta quarta-feira (7). Com isso, a taxa segue na faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano.
A manutenção dos juros já era esperada pelo mercado. Antes da divulgação, os agentes financeiros já precificavam uma probabilidade de quase 100% de que a taxa permaneceria estável, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group.
Vale lembrar que, de acordo com última atualização do gráfico de pontos, o dot plot, o Fed projeta de juros a 3,9% no final do ano — o que significa que a taxa de referência deve encerrar 2025 na faixa entre 3,75% a 4,00%. Ou seja, a expectativa é de que o BC norte-americano ainda realize dois cortes, de 0,25 pontos percentuais cada, até dezembro.
No comunicado da decisão desta quarta-feira (7), o Fomc destacou que a volatilidade e as incertezas aumentaram. “A incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou ainda mais”, disse o comunicado. “O Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato e avalia que os riscos de maior desemprego e inflação aumentaram.”
O documento ainda ressaltou que o Fed “está preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado” e reiterou que seguirá monitorando os dados econômicos.
O mercado agora aguarda a coletiva de imprensa do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, para esclarecer a decisão e possíveis orientações futuras para a trajetória dos juros. A entrevista está prevista para 15h30 (horário de Brasília) e acontece em meio a críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, ao chefe do Fed na condução da política monetária.
Trump tem pressionado o BC a abaixar os juros. Embora as tarifas não tenham sido mencionadas no comunicado da decisão desta quarta-feira (7), os membros do Comitê lidam com a perspectiva de que o plano tarifário de Trump possa elevar a inflação — que já está acima da meta de 2% — e dificultar a retomada do afrouxamento monetário na maior economia do mundo.
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