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Ferrari: Ações despencam e flertam com “pior dia da história” após guidance frustrar

09 out 2025, 13:17 - atualizado em 09 out 2025, 13:24
A representante oficial da famosa marca italiana não quer concorrência no espaço do JK no Brasi
A representante oficial da famosa marca italiana não quer concorrência no espaço do JK no Brasi (Imagem: BENOIT TESSIER | Reuters)

As ações da Ferrari listadas tanto em Nova York como em Milão despencam nesta quinta-feira (9), após a companhia, no seu Capital Markets Day, atualizar seu guidance, ou suas projeções.

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Às 12h45, os papéis, na Nyse, despencavam 14,59%, a US$ 409,20. Na Borsa Italiana, a queda é de 15,41%, a 354 euros.

A Ferrari apresentou suas metas financeiras até 2030. A empresa chegou a superar as metas do plano anterior (2022–2026) um ano antes do previsto e revisou para cima a projeção de 2025, com a receita saindo de 7 bilhões de euros para 7,1 bilhões.

Para 2030, a Ferrari projeta receita líquida de aproximadamente 9 bilhões de euros, impulsionada, segundo ela, por um mix mais rentável de produtos e maior personalização dos veículos.

Para o Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em ingles), a montadora espera um resultado de ao menos 3,6 bilhões, com margem mínima de 40%.

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Segundo a CNBC, o Citi analisa que as novas projeções da Ferrari ficaram abaixo do cenário de crescimento mais modesto traçado no Capital Markets Day anterior, em 2022. Isso, na avaliação do banco, demonstra uma postura cautelosa da gestão.

Ainda de acordo com o novo guidance, o Ebit avançará 6% anualmente até o fim da década, nível bem abaixo da taxa de 10% que a empresa citou no último encontro.

O relatório também ressalta que, mesmo adotando um tom prudente, as estimativas apontam para uma alavancagem operacional restrita nos próximos anos, o que pode trazer algum risco para o consenso de lucro por ação (EPS) e para as avaliações de mercado no curto prazo.

Em relação aos investimentos, a Ferrari prevê desembolsos acumulados de aproximadamente 4,7 bilhões de euros entre 2026 e 2030, com foco no desenvolvimento da próxima geração de carros esportivos e na inovação tecnológica.

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Ferrari de olho na eletrificação

Parte relevante desse montante será direcionada à eletrificação, à ampliação da capacidade produtiva e à modernização de infraestrutura, incluindo novas instalações de pesquisa e processos industriais em Maranello.

Apesar do aumento do capex, a companhia estima uma geração de caixa livre industrial robusta, de cerca de 8 bilhões de euros no período, “sustentada por margens elevadas e pela forte rentabilidade operacional”.

A empresa pretende lançar quatro novos modelos por ano entre 2026 e 2030, incluindo o aguardado Ferrari Elettrica, primeiro carro 100% elétrico da marca, que deve começar a ser entregue no fim de 2026.

A linha de produtos ao final da década será composta por 40% de veículos a combustão, 40% híbridos e 20% elétricos, refletindo a estratégia de neutralidade tecnológica — ou seja, a coexistência de diferentes motorização sem abandonar a experiência emocional ao volante.

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Ainda de acordo com analistas ouvidos pela CNBC, o time do JP Morgan se mostrou otimista com os anúncios. “Temos grande confiança na capacidade da administração de executar seu plano de longo prazo, dado o amplo conjunto de evidências de que a demanda atualmente supera em muito a oferta”, afirmou em nota.

Quanto ao retorno aos acionistas, a montadora italiana anunciou uma remuneração total estimada em 7 bilhões de euros até 2031, dividida igualmente entre dividendos e recompra de ações.

O payout será ampliado de 35% para 40% do lucro líquido ajustado a partir dos resultados de 2025, o que deve representar aproximadamente 3,5 bilhões de euros em dividendos entre 2027 e 2031.

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