Ibovespa FIIs de papel baratos: BB aponta duas oportunidades no mercado
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Mais descontados que os pares, os fundos imobiliários de papel Fator Verità (VRTA11) e Valora CRI Índice de Preço (VGIP11) estão com perspectivas positivas para o BB Investimentos.
Em relatório, André Oliveira, analista da casa, destaca que, no caso do VRTA11, a cota apresenta um deságio de quase 10% na Bolsa de Valores, acima da média do segmento.
Com patrimônio líquido (PL) de cerca de R$ 1,4 bilhão, o fundo se posiciona como um dos maiores de crédito, com 87% da carteira em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), 10% em outros FIIs e 2,7% em caixa.
A maior exposição individual não passa de 3,17% do PL, o que garante, de acordo com o BB, pulverização da carteira.
Além disso, os papéis são majoritariamente atrelados à inflação, com uma taxa média de aquisição de IPCA +8,05%.
“Embora esses níveis sustentem bons dividendos, eles também carregam certo nível de risco”, alerta a instituição.
Problemas pontuais
Nos últimos anos, o VRTA11 enfrentou problemas pontuais com os CRIs da BR Distribuidora e da Cerâmicas Fragnani, que somavam 4,39% da carteira.
Nos dois casos, o fundo implementou provisão para perda de 100% dos valores e busca, junto a outros investidores, a melhor estratégia para a recuperação dos créditos.
Apesar desses eventos, o BB ressalta que a maior parte do PL segue adimplente e que o FII mantém reserva de R$ 0,76 por cota para reforçar a previsibilidade dos rendimentos.
“Mesmo com uma projeção de inflação mais baixa, o VRTA11 oferece risco moderado, bom carrego e dividendos atrativos, especialmente para investidores mais tolerantes a risco”, avalia a casa.
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VGIP11
Já a cota do VGIP11 negocia na Bolsa com desconto de 9% sobre o valor patrimonial. Considerado um dos principais FIIs de recebíveis do IFIX, o fundo encerrou junho de 2025 com R$ 1,04 bilhão investido em 45 operações de CRIs.
A carteira também está quase totalmente atrelada à inflação, com uma taxa média de IPCA +8,48%. “Esse potencial de rentabilidade traz consigo risco, especialmente ao observamos a concentração no segmento residencial (28% do PL) e de shoppings (24% do PL), cuja demanda acaba sendo mais influenciada à variação dos juros, emprego e renda”, alerta o BB.
Por outro lado, o banco destaca que mais de 60% dos papéis contam com garantias robustas, o que traz um certo nível de tranquilidade.
“Em nossa visão, o VGIP11 negocia com desconto em razão desses pontos de atenção. No entanto, o fundo segue entregando dividendos atrativos e algum potencial de valorização da cota, especialmente diante de um ciclo de cortes da Selic”, aponta o relatório.
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