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Fim da euforia: Investidores reduzem apostas agressivas em ações de tecnologia, avalia Goldman Sachs

25 nov 2025, 14:45 - atualizado em 25 nov 2025, 14:45
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Segundo Goldman Sachs, o sentimento piorou principalmente em relação às ações das Big Techs. (Imagem: Pixabay)

O mercado está evitando investimentos de alto risco, avalia o Goldman Sachs, que identificou queda no Indicador de Apetite por Risco (RAI).

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Segundo o banco, desde a semana passada o mercado vem se afastando do cenário de “Goldilocks”, marcado por otimismo com o crescimento impulsionado pela inteligência artificial e expectativas mais dovish para o Federal Reserve desde o segundo trimestre.

“Os investidores vêm assimilando uma combinação de preocupações sobre o mercado de trabalho e o consumidor nos Estados Unidos, os gastos de capital em IA e o aumento do endividamento, além de uma menor disposição do Fed em flexibilizar a política monetária no próximo ano”, destaca o relatório.

O sentimento piorou principalmente em relação às ações das Big Techs. Apesar de os resultados da Nvidia terem superado as estimativas, o entusiasmo com as ações das Magnificent 7 perdeu força após a temporada de balanços.

O indicador que mede o skew de opções de compra — uma medida de quanto o mercado está disposto a pagar por apostas mais agressivas de alta — havia atingido o percentil 91, refletindo otimismo próximo ao extremo histórico. Após os resultados, porém, o skew voltou a ficar abaixo da média de longo prazo, sinalizando uma normalização do apetite por risco e menor disposição dos investidores para pagar prêmios elevados por valorizações expressivas.

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“Nossos estrategistas de ações dos EUA destacam que fundos mútuos reduziram suas posições no grupo das Magnificent 7 no último trimestre, enquanto hedge funds realizaram rotações dentro dessas ações — reforçando a crescente dispersão entre vencedores e perdedores do trade de IA”, acrescenta o relatório.

O Goldman aponta que o aumento do endividamento no ecossistema de IA tem pressionado o sentimento geral dos investidores, com os mercados de crédito sendo cada vez mais utilizados para financiar os gastos de capital do setor. As empresas aumentaram emissões, enquanto os saldos de caixa, antes elevados, caíram para níveis próximos aos de emissores típicos de grau de investimento não financeiro.

Apesar da aversão ao risco, o banco mantém para 2026 uma posição moderadamente otimista, destacando que a expectativa de lucros das empresas dos EUA deve sustentar retornos atraentes, inclusive fora do setor de tecnologia. Os especialistas ainda reforçam uma visão positiva para os mercados emergentes, apoiada em temas estruturais de crescimento, diversificação para tecnologia e IA, e posicionamento ainda conservador dos investidores.

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cecilia.oliveira@moneytimes.com.br

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