Pagamentos

Fim do parcelado sem juros? Setor de pagamentos irá propor novo produto ao Banco Central

18 mar 2024, 13:22 - atualizado em 18 mar 2024, 13:22
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O setor de pagamentos irá propor um novo “crediário” que pode aumentar o número de parcelas em até 60 vezes (Imagem: Pixabay)

As entidades do setor de pagamentos vão propor ao Banco Central um novo produto que possa desestimular o parcelamento sem juros no cartão de crédito. A reunião deve ocorrer nos últimos dias de março.

Sobre o novo produto, trata-se de um “crediário” que promete aumentar o número de parcelas em até 60 meses, adicionando os juros. A iniciativa vai ao encontro do pedido do BC, do ano passado, de reduzir o número de parcelas livres de taxas e, assim, diminuir a inadimplência da população.

Segundo o levantamento de janeiro de 2024 do Serasa, dívidas com o cartão de crédito são o maior vilão dos endividamentos da população. Ao todo são 72,07 milhões pessoas endividadas, sendo 29,37% dessas dividas oriundas de bancos e cartão de crédito.

Dessa forma, as entidades argumentam que não perderiam a grande parcela da população que utiliza o parcelado sem juros como forma de pagamento, caso a proposta do BC fosse adiante.

O novo parcelado com juros iria funcionar, de acordo com informações da Folha de S.Paulo, de maneira semelhante ao crediário das varejistas. Não se sabe ainda se esse novo produto alteraria o limite de crédito disponível nos cartões das entidades financeiras, mas o juro deve variar de pessoa para pessoa.

O setor de pagamentos tem buscado alternativas após a medida que limita as taxas dos juros do rotativo do cartão de crédito a 100% ao ano ser aprovada no final do ano passado pelo  Conselho Monetário Nacional (CMN). As novas regras do rotativo entraram em vigor no início de janeiro deste ano.

A equipe do Money Times buscou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito (Abecs) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) para entender melhor o posicionamento das entidades acerca do assunto. As instituições não retornaram até a publicação desta matéria.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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