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Fintechs europeias superam problemas de bancos tradicionais

14 ago 2019, 15:57 - atualizado em 14 ago 2019, 15:57
Klarna-aplicativo
Em sua mais recente rodada de financiamento, a Klarna, que processa pagamentos de prestações on-line, obteve um valuation de US$ 5,5 bilhões (Imagem: Divulgação Klarna)

Quando a sueca Klarna passou a ser a startup de tecnologia financeira mais valiosa da Europa na semana passada, o mercado viu o feito como mais um sinal de que as finanças digitais escaparam dos problemas que afligem bancos tradicionais.

Em sua mais recente rodada de financiamento, a Klarna, que processa pagamentos de prestações on-line, obteve um valuation de US$ 5,5 bilhões. As fintechs europeias levantaram US$ 3,3 bilhões em capital de risco no primeiro semestre de 2019, acima do US$ 1,9 bilhão no mesmo período do ano passado, segundo dados compilados pela CB Insights. Em comparação, um índice de bancos da União Europeia acumula queda de 39% nos últimos 18 meses.

“Os investidores se sentem atraídos porque é a combinação perfeita de um setor enorme e maduro que, fortalecido pela tecnologia, pode oferecer grandes retornos, muito além do que você vê se estiver começando do nada”, disse em entrevista Ben Brabyn, presidente da Level39, uma das maiores aceleradoras de fintechs da Europa.

Fintechs no Brexit

As fintechs londrinas desafiaram o pessimismo com o Brexit no Reino Unido. A Transferwise anunciou uma rodada de financiamento em maio que avaliou a empresa, fundada há oito anos, em US$ 3,5 bilhões, acima do US$ 1,6 bilhão em 2017. Poucas semanas depois, o banco on-line Monzo fechou uma nova rodada de financiamento e dobrou seu valuation para mais de US$ 2,5 bilhões. Mas há perdedores: as ações do banco Circle despencaram 65% este ano.

O N26, o banco digital alemão financiado pelo bilionário Peter Thiel, anunciou em julho que havia ampliado sua mais recente rodada de captação para US$ 470 milhões, com um valuation de US$ 3,5 bilhões. A fintech está se expandindo para os EUA, apostando que pode atrair clientes de bancos estabelecidos e emissoras de cartões de crédito com contas gratuitas, menos taxas e alertas por telefone.

Outras empresas a serem observadas incluem a Revolut que, apesar de várias polêmicas, continua a ser interessante para investidores depois de liderar uma das maiores rodadas de financiamento para uma fintech europeia no ano passado. Outros destaques são bancos com foco em aplicativos, como Monzo e Starling, que atraem clientes a um ritmo acelerado.

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