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Fitch Ratings rebaixa nota de crédito global da Braskem (BRKM5); ação recua

13 ago 2025, 10:42 - atualizado em 13 ago 2025, 10:42
braskem
(Imagem: Divulgação/Braskem)

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A Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito global da Braskem (BRKM5) para BB-, mantendo observação negativa.

O mercado parece ter reagido ao movimento, já que a ação registrava queda de 1,24%, a R$ 7,97, por volta das 10h30 (horário de Brasília).



Segundo a agência, a decisão reflete principalmente os desafios enfrentados pela indústria petroquímica global, que têm pressionado a liquidez da companhia.

Em comunicado ao mercado, a Braskem afirmou que segue comprometida com sua saúde financeira e vem implementando iniciativas de resiliência para atenuar os impactos do ciclo prolongado de baixa no setor. A empresa também destacou esforços para fortalecer a competitividade da indústria química brasileira.

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O cenário negativo na petroquímica tem sido marcado por margens comprimidas e demanda fraca, fatores que impactam a rentabilidade de players globais e elevam o risco de crédito do setor.

Bancos credores da Novondor retomam plano com IG4 na Braskem

Além disso, o mercado avalia as notícias que envolvem a companhia. Ontem, o Pipeline, do Valor Econômico, revelou que, sem avanço nas negociações com o empresário Nelson Tanure, os bancos credores da Novonor — que têm ações da Braskem como garantia — voltaram a discutir um plano que prevê a entrada da gestora IG4 na companhia.

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Especializada em operações de reestruturação (“turnaround”), a IG4 deverá apresentar uma proposta formal após 21 de setembro, data em que se encerra a exclusividade concedida a Tanure.

A IG4, que já conduziu operações semelhantes na Iguá, busca reforçar a governança da Braskem com ações como reestruturação de passivos financeiros e ambientais e possível migração ao Novo Mercado. A venda de ativos poderia ser considerada, embora não haja tratativas com a Unipar — interessada em plantas nos Estados Unidos. 

Vale lembrar também que a Petrobras (PETR3; PETR4) detém 47% das ações da petroquímica, com direito de veto e preferência em qualquer transação. Outros 50,1% do capital é da  Novonor, antiga Odebrecht.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.