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Fleury (FLRY3) dispara mais de 20% com possível fusão com Rede D Or (RDOR3); o que dizem os analistas?

21 jul 2025, 16:27 - atualizado em 21 jul 2025, 16:27
Fleury acelera na bolsa
(Imagem: Montagem Money Times)

As ações do Fleury (FLRY3) dispararam nesta segunda-feira (21) e figurava no topo como a maior alta do dia no Ibovespa. Por volta das 15h30 (horário de Brasília), os papéis subiam 15,12%, cotado a R$ 14,54. Na variação máxima do dia, a ação chegou a saltar 20,27%.

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A alta vem após a divulgação de uma reportagem do colunista Lauro Jardim, d’O Globo, neste domingo (20), que revelou negociações entre a companhia e Rede D’Or (RDOR3) para uma possível combinação de negócios.

Segundo a publicação, as conversas estariam sendo conduzidas com a participação do Bradesco, que é o maior acionista individual do Fleury.

No entanto, nesta segunda-feira (21), ambas divulgaram um fato relevante ao mercado, negando qualquer acordo ou tratativa formal em curso, apesar de não descartarem completamente a possibilidade de uma transação futura nos comunicados.

A Rede D’Or afirmou que “está permanentemente avaliando oportunidades de expansão de suas linhas de negócio”, inclusive por meio de aquisições ou fusões. Já o Fleury declarou que monitora o mercado à luz de seus planos de investimento, mas garantiu que “não há qualquer decisão da sua administração, tampouco compromissos ou documentos celebrados com a Rede D’Or”.

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As ações da RDOR3, por sua vez, não subiam tanto quanto FLRY3 e avançavam apenas 0,70%, no mesmo período. Isso porque, segundo os analistas, uma eventual combinação entre a Rede D’Or e o Fleury faria sentido estratégico, mas não alteraria de forma significativa o valor de mercado da Rede D’Or.

O que dizem os analistas sobre a possível fusão?

Para o BTG Pactual, a fusão faz sentido estratégico e pode ser acretiva (melhora os resultados para os acionistas da compradora), reforçando o ecossistema da Rede D’Or, que ainda tem pouca presença em diagnósticos — segmento responsável por cerca de 20% dos sinistros no setor de saúde privada.

O banco lembra que a Rede D’Or já tentou entrar no segmento com a Alliar, e que a aproximação com o Bradesco (acionista do Fleury) reforça a viabilidade da operação. No entanto, o BTG avalia que, apesar das sinergias esperadas, o impacto no valor de mercado da RDOR3 seria limitado, já que o Fleury representa cerca de R$ 7 bilhões contra os R$ 75 bilhões da Rede D’Or.

Mesmo assim, o banco acredita que as ações do Fleury devem reagir positivamente, especialmente com o aumento recente nas posições vendidas (short interest) e um valuation descontado — 9x P/L 2026, contra 14x da RDOR3.

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O Bradesco BBI também vê a fusão como estrategicamente positiva para a Rede D’Or. Entre os destaques, o banco aponta:

  • Aceleração da receita do Fleury via SulAmérica e credenciamento com grandes pagadores, como Bradesco e SulAmérica;
  • Sinergias operacionais com cortes de G&A e custos, já que a RDOR atua em diagnósticos com a marca Richet;
  • Maior diversificação, com aumento de 18 pontos percentuais na contribuição de diagnósticos no Ebitda;
  • Fortalecimento da posição da Rede D’Or como prestadora de serviços de saúde integrada, com marcas consolidadas;
  • Reforço da parceria com o Bradesco, que pode se tornar acionista da Rede D’Or com até 3% em caso de troca de ações.

O banco não vê entraves no Cade e considera que, mesmo com possível alta na alavancagem da Rede D’Or, a geração de caixa compensa. Para o Fleury, o BBI também projeta reação positiva do mercado, dada a expectativa de prêmio sobre o preço atual.

O Santander concorda que a fusão tem forte racional estratégico e vê a combinação como potencialmente geradora de valor. Entre os benefícios, o banco cita ganhos de escala, barganha na compra de materiais e racionalização de despesas.

No entanto, o Santander não acredita em um prêmio elevado pelas ações do Fleury, como ocorreu na aquisição da SulAmérica. Para o banco, um prêmio de 20% já levaria a diferença de valuation entre Rede D’Or e Fleury a apenas 16% — considerada baixa demais diante do histórico e do perfil das companhias.

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O relatório também aponta que o Fleury enfrenta um ambiente competitivo mais desafiador, com a Dasa ganhando espaço após firmar joint venture com a Amil. Nesse cenário, a fusão com a Rede D’Or seria também uma estratégia defensiva.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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