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Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3): Consolidação deve seguir até o limite, dizem analistas

30 set 2022, 14:13 - atualizado em 30 set 2022, 14:14
Fleury
Setor de saúde sempre teve a característica de ser “muito fragmentado”. (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3), que anunciaram neste ano a combinação de negócios, caminham para a consolidação, aumentando a exposição em subsetores e novas regiões.

No começo da semana, o Fleury anunciou a compra da Retina Clinic, enquanto o Pardini comprou CSV Central Sorológica, de Vitória.

Os analistas da Terra Investimentos Régis Chinchila e Luis Novaes explicam que o foco em crescimento deve continuar.

Para eles, é razoável pensar que as redes ainda farão mais aquisições para se manterem relevantes diante das ameaças do setor.

A Terra avalia que o movimento de consolidação com aquisições deve perdurar até que se chegue no limite.

“Grandes grupos de saúde, capitalizados por investimento externo ou por anos de atuação num setor rentável, têm o objetivo de dominar a cadeia do setor”, disse.

Consolidação

A motivação para investir em consolidação também se dá pelo fato de que, ainda, apenas uma parcela restrita da população tem acesso à saúde privada, segundo analistas.

O setor de saúde sempre teve a característica de ser muito fragmentado. Contudo, nos últimos anos, os grandes grupos do setor foram se capitalizando, por eficiência operacional ou por abertura de capital na Bolsa de Valores, diz a Terra.

“Podemos pegar como exemplo a Rede D’Or (RDOR3), que levantou mais de RS$ 8 bilhões em 2020, possibilitando a aquisição de diversos hospitais e da operadora de seguros SulAmérica (SULA11)”, comentou.

Os especialistas dizem que o negócio demostra que a consolidação do setor de saúde teria duas etapas: uma dentro do próprio segmento de atuação e outra expandindo a outros segmentos, como os planos de saúde, medicina preventiva e medicina diagnóstica.

Terceiro interessado

Em meio as aquisições, o Grupo Alliar (AALR3) entrou como “terceiro interessado” na fusão entre Fleury e Hermes Pardini, no sentido jurídico, acreditado que será atingido com a conclusão do negócio, informou o Valor Econômico.

A empresa contesta a combinação dos negócios, alegando que a companhia combinada terá cerca de 20% de participação de mercado, ou 35% do market-share das praças de atuação de Fleury e Pardini.

Os analistas da Terra dizem que isso já aconteceu antes, em outras fusões e aquisições. No entanto, a perspectiva é de que a contestação não impeça a combinação de acontecer.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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