Guerra Comercial

FMI pede que a Ásia reduza barreiras comerciais para enfrentar tarifas dos EUA

24 out 2025, 6:29 - atualizado em 24 out 2025, 6:29
Ásia
FMI diz que redução de barreiras não tarifárias fortalece a Ásia em guerra comercial (Unsplash/Ralf Leineweber)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta sexta-feira (24) que os países da Ásia reduzam as barreiras não tarifárias e promovam uma maior integração comercial regional para diminuir sua vulnerabilidade às tarifas dos Estados Unidos e a choques financeiros globais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O comércio tem sido central para o crescimento econômico da Ásia, com a China atuando como hub da cadeia de suprimentos para a produção global de bens, o que torna a região vulnerável aos impactos das tensões comerciais entre EUA e China e às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, afirmou o FMI em seu Relatório de Perspectivas Econômicas Regionais para a Ásia.

As fricções comerciais com os EUA e o boom de investimentos em inteligência artificial levaram a um aumento do comércio intra-regional na Ásia, segundo o relatório.

Promover uma maior integração comercial regional, inclusive por meio da eliminação de barreiras comerciais, pode ajudar os países asiáticos a diversificar mercados de exportação, reduzir custos e compensar parte dos impactos negativos das tarifas norte-americanas, afirmou o FMI.

“Se a Ásia se integrar mais dentro da própria região, isso por si só fornecerá uma proteção contra choques externos”, disse Krishna Srinivasan, diretor do Departamento da Ásia e do Pacífico do FMI, em entrevista à Reuters.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Ásia já é altamente integrada no comércio de bens intermediários, com cerca de 60% das exportações totais realizadas dentro da própria região, disse Srinivasan. Em contraste, apenas 30% das exportações de bens finais dos países asiáticos têm como destino outros países da região, um sinal da forte dependência dos mercados dos EUA e da Europa, acrescentou.

O relatório afirma que a Ásia pode se beneficiar ao buscar acordos comerciais mais amplos e multilaterais, semelhantes aos da União Europeia, já que o foco atual em acordos bilaterais cria regras sobrepostas e padrões inconsistentes.

A redução das barreiras não tarifárias, que aumentaram durante a pandemia de Covid-19 e ainda são generalizadas na Ásia, pode gerar benefícios significativos, disse o FMI.

Na prática, alguns países já estão reduzindo voluntariamente essas barreiras como parte de negociações comerciais com os EUA, o que é uma tendência “muito positiva”, observou Srinivasan.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com maior integração comercial regional, a Ásia poderia ver o PIB aumentar até 1,4% no médio prazo, e as economias da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) crescerem até 4%, segundo Srinivasan.

“Há um lado positivo nisso: alguns países que já precisavam se liberalizar estão agora liberalizando”, disse ele.

O FMI prevê que a economia asiática cresça 4,5% em 2025, desacelerando em relação aos 4,6% do ano anterior, mas 0,6 ponto percentual acima da estimativa feita em abril, impulsionada pelas exportações fortes, em parte devido ao adiantamento de embarques antes das novas tarifas dos EUA.

O crescimento, porém, deve desacelerar para 4,1% em 2026, devido aos efeitos das tensões comerciais, da fraca demanda na China e do baixo consumo privado em economias emergentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Embora a incerteza na política comercial tenha diminuído um pouco desde abril, ela permanece elevada e pode pesar sobre os investimentos e a confiança mais do que o esperado”, afirmou o FMI no relatório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar