Economia

FMI vê incerteza em torno de políticas econômicas argentinas, diz autoridade

08 abr 2021, 13:58 - atualizado em 08 abr 2021, 13:58
Inicialmente, o FMI e o governo esperavam um acordo entre abril e maio, mas ambos abandonaram qualquer referência a esse cronograma (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas/File Photo)

Ainda há muita incerteza sobre o caminho da política econômica da Argentina para tornar a dívida do país sustentável, disse uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Sempre há pelo menos duas etapas para qualquer reestruturação. Uma é como você altera os termos de seus contratos de dívida, a outra é como você altera suas políticas para tornar a nova dívida sustentável. E acho que essa segunda etapa é onde temos um muita incerteza”, disse Alejandro Werner, chefe do FMI para o Hemisfério Ocidental.

A Argentina e o FMI estão em negociações para substituir um fracassado programa de 2018 pelo qual o país sul-americano deve ao Fundo cerca de 45 bilhões de dólares.

Inicialmente, o FMI e o governo esperavam um acordo entre abril e maio, mas ambos abandonaram qualquer referência a esse cronograma.

Investidores projetam que um acordo não será alcançado antes das eleições legislativas no fim de outubro, à medida que a dívida externa argentina em dólar está sendo negociada em níveis problemáticos, cerca de 30 centavos por dólar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Estamos trabalhando para estarmos prontos na hora que o governo realmente quiser finalizá-lo e acelerá-lo. Acho que estamos em condições de fazê-lo, mas é verdade, é óbvio que as negociações têm se arrastado mais do que talvez pensássemos”, disse Werner em um evento organizado pela S&P Global.

As negociações, ambos os lados disseram, continuam a ser “construtivas”.

No fim do mês passado, o ministro da Economia, Martín Guzmán, disse que “passos importantes” foram dados para avançar com as negociações, dias depois de a vice-presidente do país, Cristina Fernández, dizer que a Argentina não tinha dinheiro para honrar seus compromissos com o FMI.

Werner reconheceu que o FMI vê uma divisão dentro governo argentino.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Parece haver diferenças significativas de opinião entre os aliados políticos do presidente (Alberto) Fernández sobre a direção que devem seguir, tanto em termos de política quanto em relação às negociações com o Fundo”, disse.

O Ministério da Economia da Argentina não fez comentários, disse um porta-voz.

Alguns dos credores privados com os quais a Argentina fechou um acordo de reestruturação no ano passado têm reclamado da lentidão das negociações, de como o acordo se tornou uma questão política e da falta de uma política econômica clara do governo.

“Em ano eleitoral, que agora também passa a ser um período em que o ambiente externo é favorável às contas financeiras da Argentina… há uma interpretação do nosso lado de que talvez o governo sinta que (será) muito melhor empreender esta negociação política depois das eleições do que antes”, afirmou Werner.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Argentina está lutando contra uma segunda onda de infecções por Covid-19, com número recorde de novos casos nos últimos dias, embora o governo esteja procurando evitar lockdowns generalizados para blindar a recuperação econômica que ainda está em estágio inicial.

Também há preocupações de que a inflação já elevada possa aumentar ainda mais, apesar das esperanças do governo de conter os preços, o que afetaria o crescimento econômico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar