Internacional

Foco se volta para garantias de segurança após reunião sobre Ucrânia deixar incerto caminho para paz

19 ago 2025, 9:22 - atualizado em 19 ago 2025, 9:22
Volodymyr Zelenskiy Europa
(Imagem: Alain Rolland/União Europeia 2023/Divulgação via REUTERS)

A Ucrânia e seus aliados europeus foram encorajados pela promessa de Donald Trump de garantias de segurança para Kiev para ajudar a acabar com a guerra na Ucrânia, mas enfrentam muitas perguntas sem resposta, incluindo o quão disposta a Rússia estará em colaborar.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, saudou a cúpula de segunda-feira na Casa Branca com Trump como um “grande passo à frente” para acabar com o conflito mais mortal da Europa em 80 anos e para estabelecer uma reunião trilateral com Vladimir Putin, da Rússia, e o presidente dos EUA nas próximas semanas.

Ladeado por líderes de aliados, incluindo Alemanha, França e Reino Unido, na cúpula, o relacionamento caloroso de Zelenskiy com Trump contrastou bastante com o encontro desastroso que tiveram no Salão Oval em fevereiro.

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Mas, além das aparências, o caminho para uma paz duradoura permanece profundamente incerto e Zelenskiy pode ser forçado a fazer compromissos dolorosos para acabar com uma guerra que, segundo analistas, já matou ou feriu mais de 1 milhão de pessoas.

E, apesar da sensação temporária de alívio em Kiev, não houve trégua nos combates. A Rússia lançou 270 drones e 10 mísseis em um ataque noturno contra a Ucrânia, segundo a Força Aérea ucraniana, o maior deste mês. O Ministério da Energia disse que a Rússia atacou instalações de energia na região de Poltava, onde fica a única refinaria de petróleo da Ucrânia, causando grandes incêndios.

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“A boa notícia é que não houve um fiasco (na Casa Branca). Trump não exigiu a capitulação ucraniana nem cortou o apoio. O clima foi positivo e a aliança transatlântica continua viva”, disse John Foreman, ex-adido de defesa britânico em Kiev e Moscou, à Reuters.

“No lado negativo, há uma grande incerteza sobre a natureza das garantias de segurança e o que exatamente os EUA têm em mente.”

Zelenskiy disse na terça-feira que seus representantes estavam trabalhando no conteúdo das garantias de segurança.

A Rússia não se comprometeu explicitamente com uma reunião entre Putin e Zelenskiy. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse na terça-feira que Moscou não rejeita nenhum formato para discutir o processo de paz na Ucrânia, mas que qualquer reunião de líderes nacionais “precisa ser preparada com o máximo rigor”.

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Linhas vermelhas

O presidente Putin advertiu que a Rússia não tolerará tropas da aliança da Otan em solo ucraniano. Ele também não demonstrou nenhum sinal de recuo nas exigências de território, incluindo terras que não estão sob o controle militar da Rússia, após sua conversa de cúpula com Trump na última sexta-feira no Alasca.

Trump não especificou a forma que as garantias de segurança dos EUA poderiam assumir, e não insistiu que a Rússia concorde com um cessar-fogo antes que qualquer negociação de paz comece a sério.

O presidente dos EUA também disse à Ucrânia para esquecer a ideia de recuperar o controle da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014, ou de entrar para a Otan.

“É difícil imaginar que haja algum acordo aceitável hoje e que respeite as linhas vermelhas dos ucranianos e da Europa, bem como as linhas vermelhas dos russos”, disse Matthias Matthijs, membro sênior para a Europa no instituto Council on Foreign Relations.

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As negociações da Europa com Trump são semelhantes às negociações tensas sobre tarifas, disse Matthijs: “Depois de evitar os piores resultados, eles chegam a algum tipo de acordo. É melhor do que eles temiam, mas é sempre pior do que o status quo.”

O ex-presidente russo Dmitry Medvedev disse que Zelenskiy e seus aliados “não conseguiram superar” Trump.

“A Europa agradeceu e o bajulou”, escreveu Medvedev no X.

As últimas conversas diretas entre Rússia e Ucrânia ocorreram na Turquia em julho, enquanto Putin também recusou o convite público de Zelenskiy para encontrá-lo pessoalmente em maio.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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