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FocusEconomics mantém previsão de crescimento de 1% para PIB brasileiro em 2019

10 set 2019, 17:11 - atualizado em 10 set 2019, 17:11
No caso do Brasil, o relatório destaca que a economia se recuperou solidamente no segundo trimestre, com crescimento acima das expectativas

Por Investing.com

A FocusEconomics manteve a previsão de crescimento da economia brasileira em 2019 em 1,0%, em relatório divulgado nesta terça-feira trazendo as perspectivas dos analistas para o setor, o LatinFocus Consensus Forecast de setembro. Para 2020, o consenso é de avanço de 2,1%

No caso do Brasil, o relatório destaca que a economia se recuperou solidamente no segundo trimestre, com crescimento acima das expectativas. A recuperação foi liderada por uma retomada do investimento em meio à política monetária frouxa e à melhoria da atividade industrial.

Além disso, as exportações melhoraram, embora ainda permaneçam fracas em geral devido à demanda evaporada da Argentina e a um cenário externo moderado. Para os analistas, os dados recebidos para o terceiro trimestre são mistos até o momento, sugerindo que a aceleração pode ter durado pouco: enquanto a confiança do consumidor e dos negócios aumentou em agosto, a produção industrial voltou a se contrair em julho e a conta corrente registrou o maior déficit desde 2015 no período.

No lado da política, a crucial reforma previdenciária superou outro obstáculo depois de obter a aprovação de uma comissão do Senado em 4 de setembro. O comitê também votou para fazer algumas pequenas alterações em outro projeto de lei, o que poderia aumentar a economia para os governos locais.

As previsões de consenso são uma média das projeções dos analistas econômicos pesquisadas pela FocusEconomics para a publicação mensal. No caso brasileiro, o levantamento leva em conta as projeções de 48 instituições diferentes. Para o PIB, a aposta mais otimista é do Standard Chartered (LON:STAN) (+2,2%) e mais pessimista do BNP Paribas (PA:BNPP) (+0,5%).

América Latina

O relatório aponta que as perspectivas de crescimento da América Latina foram reduzidas pelo quinto mês consecutivo em setembro, principalmente devido à deterioração das expectativas para Argentina, Chile, México e Peru. O documento destaca que os ventos contrários às tensões comerciais globais, desaceleração da atividade na China, confiança abaixo do esperado, preços baixos das commodities e a crise da Argentina limitarão o ritmo deste ano. Agora, a estimativa é de avanço de 1,2% no ano.

Argentina

No caso do nosso vizinho, o LatinFocus detectou uma deterioração substancial desde a última edição do relatório, como foco principal a crise financeira de agosto. Os analistas agora veem uma contração mais acentuada este ano, enquanto o Consenso para 2020 passou de uma expansão saudável para uma contração notável, devido ao novo cenário político e aos efeitos prejudiciais associados que ela terá sobre o investimento, a atividade econômica e a confiança do mercado. Com isso, no ano o recuo do PIB deve ser de 2,8%.

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