Justiça

Fora da presidência, Bolsonaro e apoiadores ficam sem defesa em 21 ações; veja os casos em que AGU não atua mais

13 jan 2023, 13:45 - atualizado em 13 jan 2023, 13:45
Jair Bolsonaro
O agora ex-presidente Bolsonaro não terá mais o suporte da AGU em ações contra ele (Imagem: Reuters)

Um dos pedidos feitos ao presidente do PL Waldemar da Costa pelo então presidente da República Jair Bolsonaro foi que o partido desse suporte jurídico a ele e a sua família. Desde o dia 1 de janeiro, Bolsonaro e seus apoiadores não tem mais a ação da Advocacia-Geral da União em casos que estão no Supremo Tribunal Federal e na 6ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A AGU não representa mais Walderice Santos da Conceição e Jair Bolsonaro no processo 1015093-34.2022.4.01.3400 do TRF-1. Também não atua mais na defesa do ex-presidente nas demais ações em que ele é réu”, disse a AGU em nota. O Supremo foi comunicado sobre parte dos processos em que a AGU deixará de atuar.

O caso citado na nota é o que a AGU defendia Waldereci, conhecida como Wal do Açaí, onde o Ministério Público Federal pede a devolução de R$ 280 mil que teriam sido pagos a Wal. Segundo a apuração, ela trabalhava em uma loja de açaí no Rio de Janeiro enquanto deveria dar expediente na Câmara dos Deputados como assessora do ex-presidente.

Além do caso envolvendo Wal do Açaí, que tramita na 6ª Vara Federal do DF, os seguintes processos que estão no STF deixarão de contar com a atuação da AGU:

  • Inq. 4.888: apura a divulgação de notícias falsas sobre a vacina contra a covid-19;
  • Inq. 4.878: apura se o presidente vazou dados sigilosos de uma investigação da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral;
  • Inq 4.874: inquérito das milícias digitais. Bolsonaro foi incluído na apuração depois de uma “live” em que questionou a segurança das urnas;
  • Inq 4.831: apura a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal para beneficiar familiares;
  • Inq 4896: apura a suposta interferência de Bolsonaro na operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro;
  • Pets 10.056 a 10.065: apurações preliminares da Procuradoria-Geral da República com base no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid. Presidente foi acusado pela CPI de 9 crimes, como epidemia com resultado morte, charlatanismo, infração de medida sanitária preventiva, entre outros;
  • Pet 10.447: pedido de deputados depois de Bolsonaro se reunir com embaixadores e questionar segurança das eleições;
  • Pet 10.576: pedido de deputados contra Bolsonaro por suposto uso político das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, no último7 de Setembro;
  • Pet 10.426: deputado pede apuração de responsabilidade de Bolsonaro na liberação de verbas do MEC em favor de prefeitos indicados por pastores;
  • Pet 10.580: pedido envolvendo questionamentos das Forças Armadas e do Ministério da Defesa ao processo eleitoral brasileiro;
  • Pet 10.543: apuração sobre empresários bolsonaristas que defenderam golpe em grupo de WhatsApp.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor
Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
matheus.caselato@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
Linkedin

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar