Petróleo

Foram rápidos dessa vez: Desbloqueio do Canal de Suez atenua disparada de petróleo

09 jan 2023, 18:18 - atualizado em 09 jan 2023, 18:18
Petróleo
Petróleo perde força ao fim do pregão, após desbloqueio do Canal de Suez (Imagem: REUTERS/Fabian Bimmer)

Os contratos futuros de petróleo chegaram a disparar mais de 4% na primeira metade do pregão, após um navio cargueiro de milho ter bloqueado parcialmente o Canal de Suez, no Egito.

Com o rápido desbloqueio da rota, houve uma desaceleração dos ganhos, consolidada na hora final do pregão.

Por volta das 18h, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) operam em alta de 1,52% e 1,56%. Com isso, o Brent, que é a referência utilizada pela Petrobras, escora os US$ 80 por barril.

O incidente desta segunda-feira relembrou a saga de desatraque de um navio de 400 metros de comprimento e 59 metros de largura da Evergreen, ocorrida no mesmo local em março de 2021.

Naquela oportunidade, as equipes técnicas demoraram 6 dias para destravar o fluxo, gerando perdas bilionárias para o comércio mundial. Dessa vez, as autoridades responsáveis foram mais rápidas. O navio transportador foi desencalhado em menos de 5h e conduzido a um parque marítimo para passar por reparos técnicos.

Os fluxos totais de petróleo através do Canal de Suez e do oleoduto SUMED (construído no próprio Golfo de Suez) representaram cerca de 9% do petróleo mundial total comercializado por mar e 8% do gás natural liquefeito.

Perspectiva de reabertura na China

Para além da questão logística do Canal de Suez, com potenciais repercussões à oferta de petróleo, a alta do petróleo responde às expectativas de investidores de que a China retome a capacidade de consumo vista antes da pandemia.

Isso, porque Pequim anunciou a suspensão de praticamente todas medidas restritivas que caracterizavam a política ‘Covid Zero’. A última delas envolvendo a liberação das fronteiras para viagens internacionais.

Nesse contexto, o governo central da China anunciou mais um pacote de ajuda financeira para famílias e companhias, o que tem sido bem recebido pelos mercados.

Também ajuda o bom humor do dia o dado mais comportado do payroll da última sexta-feira (6) nos EUA — mostrando um aumento de apenas 0,3% do salário médio por hora em dezembro — ensejando um caminho menos agressivo no combate à inflação pelo Fed daqui em diante.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.