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Fórmula 1 cancela GP Brasil deste ano, prefeito de São Paulo diz que respeita decisão

24 jul 2020, 15:45 - atualizado em 24 jul 2020, 15:45
Formula 1
Além do GP Brasil, também foram canceladas as provas no Canadá, no México e nos Estados Unidos (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A Fórmula 1 cancelou todas as corridas previstas paras as Américas neste ano, incluindo o Grande Prêmio do Brasil, devido à pandemia de Covid-19, afirmou a categoria nesta sexta-feira, e anunciou ainda que acrescentou ao calendário deste ano três provas na Europa –Imola, Nuerburgring e Portimão, em Portugal.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual de São Paulo, o prefeito da capital paulista, que abriga a corrida desde 1990 no autódromo de Interlagos, Bruno Covas (PSDB), disse que respeita a decisão da categoria.

Além do GP Brasil, também foram canceladas as provas no Canadá, no México e nos Estados Unidos, que aconteceria no Texas, disse a Fórmula 1 em comunicado.

“Dada a natureza fluida da atual pandemia de Covid-19, restrições locais e a importância de manter as comunidades e os nossos colegas seguros, não será possível correr no Brasil, no México, nos EUA e no Canadá nesta temporada”, afirmou a categoria.

No início deste mês, no dia 10 de julho, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que a prova deste ano seria realizada e afirmou que a cidade de São Paulo tem contrato com a Liberty, dona dos direitos da Fórmula 1, para a realização da prova em 2020 e que a posição dos governos municipal e estadual é que esse contrato fosse cumprido.

João Doria disse que a prova deste ano seria realizada e afirmou que a cidade de São Paulo tem contrato com a Liberty (Imagem: Flick/João Doria)

Já nesta sexta, após o anúncio da Fórmula 1 do cancelamento da prova, Covas disse que a prefeitura respeita a decisão e que mantém as negociações com a categoria para renovar o contrato de realização de uma prova da Fórmula 1 em São Paulo, que vence ao final deste ano. Também presente na entrevista, Doria não comentou o cancelamento da prova.

“Não é uma decisão que afeta apenas São Paulo, mas todos os Grandes Prêmios das Américas… e respeitamos a decisão”, disse Covas.

O prefeito disse que a o governo municipal informou a categoria que a situação da pandemia na cidade é menos grave do que no resto do Brasil e que a projeção para novembro, quando a prova seria realizada, apontava para uma situação melhor na cidade de São Paulo do que a registrada em alguns países europeus que já receberam GPs da Fórmula 1 neste ano.

O prefeito disse que a o governo municipal informou a categoria que a situação da pandemia na cidade é menos grave do que no resto do Brasil (Imagem: Instagram/Bruno Covas)

“Queria informar que a gente continua as tratativas com a organização do evento para a prorrogação do contrato a partir do ano que vem”, acrescentou ele, que disse ainda que a prefeitura cancelou uma licitação para uma reforma na pista de Interlagos diante do cancelamento da prova deste ano e da inexistência, ao menor por ora, de um contrato que garanta a prova no ano que vem.

Com a decisão desta sexta, será a primeira vez desde 1973 que o Brasil não fará parte do calendário oficial da Fórmula 1. Além de Interlagos, as provas também já foram realizadas no extinto autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Com a decisão desta sexta, será a primeira vez desde 1973 que o Brasil não fará parte do calendário oficial da Fórmula 1 (Imagem: Flickr/LG)

Os cancelamentos anunciados pela F1 nesta sexta levam a 11 o número de provas suspensas do calendário original da temporada 2020 da Fórmula 1. As outras vítimas da Covid-19 na categoria foram os Grandes Prêmios da Austrália, França, Mônaco, Holanda, Azerbaijão, Cingapura e Japão.

O calendário revisado da categoria tem agora 13 provas, com a Fórmula 1 pretendendo realizar uma temporada mais curta com entre 15 e 18 GPs e as corridas finais no Barein e Abu Dhabi, em meados de dezembro.

Quinze provas é o mínimo necessário para cumprir os contratos de direitos de transmissão firmados com emissoras de TV.

reuters@moneytimes.com.br